• Serrano: torcida organizada dá lição de amor e se engaja em mutirão azul e branco

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  • 08/10/2019 12:00

    Quem acompanhou os jogos do Serrano durante o Campeonato Estadual da Série B1 pôde perceber, sobretudo se estava da arquibancada principal do estádio Atílio Marotti, um grupo aguerrido de torcedores que cantam os 90 minutos de partida. É a Torcida Serranista, que como gosta de ser chamada, a “trabalha e vibra” com o Leão da Serra no futebol. São pessoas das mais diferentes faixas etárias, que usam as redes sociais para defender, muitas vezes de forma intransigente, as duas cores que balançam seus corações. Não é à toa que o gestor de futebol da Frente Azul, Dudu Monsanto, assiste as partidas do Serrano entre eles. E seu prestígio não passa despercebido. Os seus membros são defensores do trabalho iniciado por Monsanto em 2016.

    Bandeirões, papéis picados, cânticos que enaltecem a força do passado do Leão da Serra e, às vezes discussões com torcidas adversárias fazem parte da rotina desses apaixonados pelo único clube de futebol profissional. Até mesmo os profissionais de imprensa são duramente criticados quando alguma matéria não vá de acordo com o pensamento deles. 

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    Um dos personagens mais conhecidos da galera é Francisco Theisen, o Chicão, que nunca escondeu sua paixão pelo Serrano. Filho de ex-goleiro que defendeu o Leão da Serra na década de 40, Chicão nunca deixa de assistir aos duelos desde a época áurea, na década de 70. 

    Viu, por exemplo, a partida entre Serrano e Coritiba em 1978, no estádio Couto Pereira, válida pela Taça de Prata (equivalente ao Brasileiro da Série B hoje). O torcedor símbolo do Serrano faz questão de levar filhos e amigos para integrar a torcida, ao mesmo tempo em que fala de muitas histórias gloriosas do clube. Por outro lado, a defesa intransigente traz algumas dores de cabeça. A facção petropolitana é motivo de brincadeiras e ofensas por parte de outras torcidas, principalmente àquelas que são rivais do Serrano, como o Friburguense e Goytacáz, das cidades de Nova Friburgo e Campos, respectivamente. 

    O trabalho de apoio da Frente Serranista, entretanto, não se resume aos cânticos na arquibancada. Seus membros se uniram, em janeiro deste ano, para realizar pequenas reformas no estádio Atílio Marotti, onde foram feitos vários reparos que, de alguma forma, contribuiu para que a Federação de Futebol do Rio liberasse o espaço para os jogos do time, ao mesmo tempo representou uma economia aos sofres do clube. 

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    “Somos uma torcida independente, que queremos apenas ajudar o Serrano. Trabalhamos na pintura das instalações no estádio, fizemos vários reparos no local e tudo com o apoio e a permissão da diretoria do Serrano e da Frente Azul. Amamos o clube. E vamos defender sempre”, disse Chicão, que anunciou a volta aos trabalhos de melhorias no estádio com seu grupo de torcedores nos finais de semana, já pensando na Segundona de 2020. 

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