• Ser avô

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  • 17/06/2016 13:12

    Há vinte um anos passados fomos avós.

    A sensação de receber o primeiro neto, simplesmente inesquecível.

    Os momentos que precederam à sua chegada são lembrados como se o fato tivesse ocorrido no ensejo em que escrevemos estas linhas.

    Na expectativa de dar a primeira olhada no bebê, diga-se de passagem, muito chorão, toda a família se encontrava reunida e emocionada, sobretudo ansiosa.

    Radiantes, nós outros, que nos tornávamos avós, e nossas mães, que puderam, também, acolhê-lo felizes, contentes.

    Foi o primeiro de uma série de seis que o Criador permitiu que o recebêssemos, juntamente com seus pais.

    Lá se vai, de há muito, o ano de mil novecentos e noventa e cinco e o aniversariante completa vinte um anos neste dezessete de junho, junto à família e ao grupo de amigos a quem tanto aprecia.

    Posso considerar, em consonância com minha esposa, que a chegada dessa pessoa tão especial foi uma das mais preciosas dádivas por nós recebidas das Alturas, além de seus pais, aliadas com relação a outros queridos netos que vieram a se suceder.

    O poeta, meu pai, não o conheceu. Já havia partido.

    Todavia, por ocasião do nascimento de seus três netos fez-lhes dedicar belos poemas.

    Eu, por minha vez, não posso fazer o mesmo, e lamento, não por falta de inspiração e sentimento, mas por não ter recebido o dom de poetar.

    Valho-me, assim, do que foi escrito, por meu pai, para um de seus netos, como a seguir transcrevo e passo a dedicar ao amado neto.

    E na parte final do poema lê-se:

    “Senhor, não lhe dê riqueza / – Bem terreno e tão fugaz, / Por isso mesmo incapaz / De construir com firmeza, Paz, amor, felicidade. / Dê-lhe, porém, no futuro, / Em plena maturidade, / Já de si então seguro, / Um bom caráter, formoso; / Faço-o forte e generoso!

    Parabéns Rafael.

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