• Sem recursos, Grupo Assistencial SOS Vida pode estar com os dias contados

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 08/04/2019 17:30

    O Grupo Assistencial SOS Vida, que oferece apoio e assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social, pode estar com os dias contados. Isso, porque, por falta de doações, o projeto social não está conseguindo manter o espaço destinado aos atendimentos. Com uma ordem de despejo, os responsáveis têm até o mês de agosto para dar solução ao problema. Caso contrário, o trabalho de duas décadas será interrompido.

    Leia também: CMDCA estende campanha de Páscoa e receberá doação de bombons até quinta-feira

    De acordo com Antônio Carlos de Souza, presidente do projeto, desde o término do convênio do grupo junto à Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), as contas começaram a dificultar o andamento das atividades no local. “A Setrac sempre garantia o pagamento de algumas despesas como aluguel, luz, água, telefone e cestas básicas. Porém, nos últimos dois anos, não tivemos a renovação dessa parceria. Com isso, começamos a acumular dívidas, que hoje chegam a R$ 80 mil”, disse.

    Com uma ordem de despejo há um mês, Antônio recebeu uma proposta do proprietário do imóvel. “Ele me disse que, se sairmos do imóvel até o mês de agosto, toda a nossa dívida será perdoada. Porém, nesse momento surge a nossa preocupação, pois não estamos tendo nenhum tipo de ajuda para dar prosseguimento ao projeto em outro local. Estamos tentando conversar com as autoridades municipais, mas até agora não tivemos nenhum retorno”, lamentou.

    A Prefeitura informou que o convênio foi encerrado no meio do ano de 2017 devido à falta de apresentação da documentação necessária por parte da Organização Social para renovação do contrato. Como não houve aprovação por parte do Tribunal de Contas, a entidade não pode participar de novos chamamentos públicos para selecionar parcerias com o município.

    O presidente nega as alegações da Prefeitura quanto à falta de documentos. Segundo ele, a informação não procede. “O governo municipal lançou um edital e disseram que não nos enquadrávamos. Apesar de termos sido credenciados durante mais de 10 anos na assistência social, informaram que estamos mais ligados à saúde. É difícil entender”, declarou Antônio que aguarda o parecer do TCE.

    Sem o convênio, lutando para sobreviver, o projeto ainda dispõe de diferentes serviços como assistência a portadores do vírus HIV/AIDS, dependentes químicos, orientação psicológica e jurídica, distribuição de cestas básicas, kits de enxoval para bebês e alimentação na sede da instituição. Além disso, os assistidos contam ainda com o amparo de profissionais da saúde que atendem gratuitamente em seus consultórios e clínicas. “Recebemos muitas mensagens de elogio. Porém, isso não é o suficiente. Estamos necessitando de ajuda”, concluiu.

    Para contribuir com o projeto, basta entrar em contato através do telefone (24) 99224-0201 ou fazer uma visita à instituição, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Alberto Torres, 78 – Centro.

    Sobre o projeto

    O Grupo Assistencial SOS Vida foi criado em 28 de março de 1998, com o objetivo de oferecer apoio e assistência aos portadores do vírus HIV/AIDS. Após um ano, o Padre Quinha pediu ao fundador que começasse a trabalhar também com dependência química.

    Passados 16 anos, os atendimentos começaram a ser destinados para diversas causas, fazendo com que a instituição fosse ao encontro da necessidade de qualquer um que os procurasse, sendo, em sua maioria, pessoas de baixa renda. Esse trabalho permanece até os dias atuais.

    Últimas