• São Sebastião registra maior índice pluviométrico nas últimas 48 horas

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  • 14/11/2016 17:08

    Dados da Secretaria de Defesa Civil revelam que, nas últimas 48 horas, o bairro São Sebastião registrou o maior índice pluviométrico: foram 200 mm. No acumulado do mês foram 545 mm. O número é acima do que era esperado para o mês de novembro, que era de 300 mm. Em março de 2013, quando deslizamentos mataram 16 pessoas no Quitandinha, o acumulado foi de 459 mm, em 24 horas. Já em 2011, no Vale do Cuiabá, choveu o correspondente a 222,8 mm, em um dia. Em toda a Região Serrana, a chuva daquele ano matou, pelo menos, 918 pessoas e deixou 377 desaparecidos.

    A fim de evitar mais tragédias como essas, o secretário de Defesa Civil, Tenente-Coronel Rafael Simão pede para que após o alerta das sirenes (ao todo, a cidade tem 18 em funcionamento), os moradores das áreas de risco, saiam imediatamente de suas casas ou que encontre um lugar seguro dentro da própria residência. Segundo ele, fazendo um levantamento das mortes que foram motivadas por deslizamentos em Petrópolis, foi possível perceber que 90% foram pessoas que estavam dormindo em cômodos próximos aos barrancos. Declarou ainda que durante todo o ano a Defesa Civil trabalhou com a prevenção, fazendo vistorias em imóveis. “Portanto, quando uma casa é interditada por um técnico, o morador não pode permanecer nela. Mas se por algum motivo ele continuou no imóvel, em épocas de chuvas deve sair imediatamente”, destacou. 

    Ressalta ainda, que o ato de vandalismo cometido contra uma das sirenes, a que funciona no bairro Independência, é motivo de preocupação para a Defesa Civil. Isso porque o equipamento é fundamental para emitir a mensagem para que os moradores das áreas de risco, saiam de suas casas, quando há perigo de deslizamentos e enchentes, evitando tragédias. Para Simão, é importante que as pessoas se conscientizem e não danifiquem as sirenes. Em uma coletiva ontem, ele informou que o aparelho já foi consertado. Petrópolis tem, atualmente, 16 mil pessoas vivendo em locais de risco.

    Ele aponta ainda os perigos da chuva leve e contínua como vem sendo registradas nos últimos dois dias. “Desta maneira, o solo absorve a água e tem um momento que sua capacidade de absorção fica saturada, o que faz com que a terra deslize. Isso pode ser perigoso, por conta da velocidade que acontece esse deslizamento”, afirmou. Desde sábado, todos os pontos de apoio existentes na cidade, que são as escolas, estão em alerta. Ao todo, são 217 pontos. Simão explica ainda que esses locais não são abrigos, mas sim um local seguro até passar o momento de chuva mais intensa e de riscos de deslizamentos. 

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