• Rio faz parceria com a Nasa para monitorar riscos de desastres

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  • 24/10/2019 17:45

    A previsão de inundações é o próximo passo do trabalho da prefeitura do Rio de Janeiro, por meio do Centro de Operações Rio (COR), e do Instituto Pereira Passos (IPP) com a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos. O modelo de acompanhamento, cuja intenção é antecipar ações para evitar tragédias e reduzir crises em momentos de chuvas fortes, está em desenvolvimento e poderá ser utilizado, ainda de forma preliminar, no próximo verão. Esse modelo vai completar um outro, já aplicado para o monitoramento de deslizamentos, que começou a ser utilizado em setembro do ano passado.

    Segundo o geógrafo e coordenador de Informações da Cidade do IPP, Felipe Mandarino, em setembro o programa de monitoramento de deslizamentos começou a ser aplicado ainda em caráter de teste, mas desde então recebeu complemento de informações, a ponto de em uma análise das chuvas de fevereiro e de abril deste ano, ter índice de acerto de 87,7%.

    “Essa taxa de acerto [87,7%] do modelo no seu primeiro verão, a gente considera um resultado muito positivo”, disse, acrescentando que com a quantidade de dados que o modelo já concentrou, neste verão a taxa deve ser superior a esse patamar.

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    Mandarino disse que o programa ajuda também a acompanhar a situação de riscos de deslizamentos onde não há instalação de sirenes. Segundo o geógrafo, os locais com maior número do equipamento são o maciço da Tijuca e no conjunto de favelas do Alemão.

    Ele explicou que, por contar com diversos satélites, a Nasa tem um sistema capaz de medir a quantidade de chuva no mundo inteiro. E que por meio do modelo global da agência, foi possível desenvolver o aplicado no Rio de Janeiro, que inclui informações coletadas pelo COR e pelo IPP, entre elas, as obtidas pelos pluviômetros da cidade. “É uma constelação de satélites capaz de medir a chuva no mundo inteiro, e através dessa informação eles têm diversos subprodutos, e um deles é esse modelo global capaz de prever deslizamentos”, disse.

    Alagamentos

    Para o chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Alexandre Cardeman, esse tipo de acompanhamento é importante para a cidade do Rio de Janeiro que, historicamente, sofre com alagamentos. “Isso [os alagamentos] não vai deixar de acontecer. Provavelmente, cada vez mais vai piorar, vamos ter mais chuvas recorrentes com maiores volumes e nada melhor do que inovar e trazer uma visão fora da caixa para suprir esses problemas. Nada melhor também, falando em tecnologia e inovação, do que a Nasa, que tem pesquisadores de alta capacidade”, completou.

    Cardeman disse que a prefeitura do Rio foi uma das primeiras a assinar esse tipo de parceria com a Nasa e hoje já é referência para outras cidades do Brasil.

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