• Reunião define: tração animal em charretes, só até dezembro

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  • 25/10/2018 10:28

    Uma reunião realizada nesta quarta-feira (24), sem a presença dos charreteiros, definiu o prazo para o fim do uso da tração animal nas vitórias: as charretes poderão circular só até o dia 31 de dezembro. O encontro, liderado pelo prefeito Bernardo Rossi, teve a participação de secretários, representantes da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e protetores e ativistas da causa animal. Um grupo de trabalho será criado para discutir a situação dos charreteiros e também o destino dos cavalos. 

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    Proprietários e condutores das vitórias manifestaram preocupação ao saberem do resultado da reunião. Eles estão preocupados com o futuro de suas famílias. “Minha renda vem dos cavalos e eles são meus animais. Não quero me desfazer deles. Não nos incluíram nesta discussão e não sabemos como será quando a concessão acabar. Vão nos dar outros veículos ou vão nos indenizar? Estamos sem saber de nada”, lamentou Leonardo Monteiro.

    Segundo o presidente da CPDA da OAB-RJ, Reynaldo Velloso, o prefeito Bernardo Rossi falou da necessidade de resolver a questão com urgência. O grupo discutiu a criação do grupo de trabalho que definirá os próximos passos a serem dados e falou sobre a destinação dos cavalos. A diretora-presidente do Fórum Animal, Elizabeth MacGregor, se colocou à disposição para receber os animais. Atualmente são 39 os cavalos cadastrados e regulamentados para o serviço.

    Reynaldo acredita que a decisão do plebiscito é positiva para o turismo no município. “Com a proposta de implantação de outro meio de transporte para os passeios turísticos, como as charretes elétricas, os turistas terão a chance de visitar outros pontos turísticos para onde não vão atualmente”, afirmou. 

    Um outro ponto discutido na reunião foi a empregabilidade de quem vivia da atividade. Segundo os membros da comissão, a proposta discutida durante a reunião é que o novo meio de transporte que será utilizado para os passeios turísticos seja adquirido através de parceria público privada. A Prefeitura se responsabilizaria pela regulamentação e empresas financiariam os veículos.

    “É importante que a discussão seja aberta e que todos os envolvidos saiam satisfeitos, respeitando o resultado do plebiscito. A criação do grupo de trabalho é o primeiro passo para encontrarmos uma solução que atenda ao turismo, aos charreteiros e também a causa animal”, disse o prefeito Bernardo Rossi.

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