• Refúgio de Vida Silvestre será novo atrativo turístico

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  • 29/01/2019 17:50

    O Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela (REVISEST) completou um ano em dezembro. Constituído pela lei estadual nº 7.826/2017, a unidade de conservação, que tem cerca de 4.800 hectares, tem como objetivo proteger as populações silvestres de animais e plantas nativos do bioma ameaçadas de extinção na Serra da Estrela. 

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    A unidade abrange os municípios de Petrópolis, Duque de Caxias e Magé. Um corredor ecológico que liga duas unidades de conservação federais, a Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, integrando o Mosaico Central Fluminense no Corredor Ecológico da Serra-do-Mar, além de sobrepor-se parcialmente à Área de Proteção Ambiental de Petrópolis (APA).

    “O refúgio é um projeto antigo que foi concebido há cerca de um ano. O objetivo era pegar o último grande trecho ecológico remanescente dessa região e criar uma unidade de conservação integral, para restringir a exploração dos recursos naturais.”, explicou o geógrafo e gestor do Refúgio, Eduardo Antunes. 

    Foto: Leonardo Silva Holderbaum

    A região apresenta fauna e flora riquíssimas, destacando a ocorrência das espécies de fauna sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), gato-do-mato (Leopardus guttulus), apuim-de-costas-pretas (Touit melanonotus) e de flora, xaxim (Dicksonia sellowiana), jussara (Euterpe edulis) e o cedro rosa (Cedrela fissilis), além de recursos naturais abundantes. O sagui-da-serra-escuro é o animal símbolo do Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela e está presente na logo do parque.

    Eduardo explica que o ponto principal é a preservação dos serviços ecossistêmicos. As nascentes daqui são responsáveis pelo abastecimento da baixada, Duque de Caxias e Magé. A unidade conta com cerca de 117 nascentes e 116 quilômetros de cursos d'água, com a ocorrência de cachoeiras, mirantes, trilhas, rampas de salto, sítios históricos – como a Estrada Real, o Caminho do Ouro e o Caminho do Proença – e outros atrativos turísticos.

    “Agora partimos para o ordenamento dos atrativos para a prospecção turística. Como não há literatura referente essa unidade, vamos a campo para fazer as pesquisas e oferecer qualidade para o visitante”, destacou. 

    A unidade é administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), possui uma sede provisória na sede da Rebio Araras. E apesar da criação recente, o Refúgio já empossou seu Conselho Consultivo. Os 40 conselheiros são representantes com destaque na sociedade civil organizada, no Poder Público, na iniciativa privada e nas instituições de ensino e pesquisa que atuam na região e auxiliam na gestão participativa da unidade de conservação. 


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