• Reforçando a imagem do STF

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  • 02/08/2017 12:00

    Diante do comportamento e das atitudes tomadas pelos ministros do STF que fogem até do bom-senso de qualquer leigo, já em abril de 2016 abordei a comparação numa crônica e agora recebo pela internet um comentário semelhante do prof. Cláudio Juchem, da Fundação Instituto de Administração, SP – mais detalhado e analisado, com mais relevância, sob o título de “A imagem do STF”, que diz:

    “A Justiça é  representada pelas deusas Gregas Thêmis ou Diké (filha de Thêmis) e pela deusa Romana Iustitia. Iustitia é uma figura feminina, em pé, com uma espada em uma mão e uma balança na outra, simbolizando a força (espada) e justiça (balança), tendo seus olhos vendados (imparcialidade), pois seu arbítrio será equânime, independente quem a ela recorre. A figura da Justiça que adorna o STF difere das demais, estando sentada e com a espada repousada ao colo e sem a balança. A escultura  do STF simboliza perfeitamente a Justiça Brasileira, visto que sentada simboliza a lentidão que lhe é característica, e ao ter a espada repousada ao colo demonstra que o povo a ela submetida não sente a sua força, imagem perfeita para um país que convive com  leis que "pegam" e outras que "não pegam".  A ausência da figura da balança, omite a intenção de nivelar o tratamento jurídico entre as partes.  A estátua que adorna o STF  tem seus olhos vendados por uma faixa muito larga, faixa essa que acaba por lhe cobrir também os ouvidos.  Seria essa uma alegoria exclusiva da Justiça Brasileira, que se nega a ouvir o clamor do povo a quem deve servir?  Com a palavra os magistrados do STF que se atém, quando convém, ao frio rigor do texto escrito, desconhecendo o sentido da hermenêutica à que as leis podem recorrer.  A escultura é obra de Alfredo Cheschiatti  e pelas suas peculiaridades parece ser uma visão matreira, porém verdadeira, que o artista mineiro teria de nossa Justiça.”

    Mas uma dúvida permanecerá – se o artista imaginou a estátua para ser diferente ou se quis transmitir uma realidade do ministério ou, ainda, se recebeu orientação de Niemayer  para complementar seu projeto arquitetônico modernista. De qualquer modo a estatua reflete e exemplifica bastante nossa justiça “tupiniquim”, integralmente, em todos os ângulos e sentidos, contrariando tudo o que o saber jurídico determina e deveria ser preservado e não desmoralizado. Lamentável, bastante lamentável.

    jrobertogullino@gmail.com

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