• Reconstrução de mamas no HAC somou mais de 100 intervenções só este ano

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  • 24/06/2019 10:46

    O processo de reconstrução de mama em pacientes diagnosticadas com câncer, que pode ser traumático na vida das mulheres, é acompanhado por especialistas no Hospital Alcides Carneiro (HAC). O cuidado da saúde física e mental é um dos focos do trabalho da equipe que atendeu esse ano, até o momento, cerca de 900 pacientes em consultas de início de tratamento, de pré e pós-operatório e de acompanhamento das pacientes. Somente nesse ano, 100 cirurgias de mastologia foram realizadas. Em 2018, em todo o ano, foram 354 intervenções para devolver os seios a mulheres que passaram pelo tratamento.

    A média anual é importante estar em dia porque significa qualidade de vida a quem sofreu com a doença. As próximas cirurgias já estão sendo marcadas: serão 20 ao longo de uma semana, em regime de mutirão. Isso vai zerar a fila de reconstrução de mamas na cidade. 

    Um exemplo de sucesso do trabalho realizado no hospital é a recepcionista Rosilene Vital de Souza, que hoje, aos 40 anos de idade, está refeita de todo o processo e conseguiu superar todo o transtorno do tratamento que teve início há 8 anos. Após ser diagnosticada com câncer, recebeu a notícia que deveria fazer a extração da mama direita. “Na época, ter tirado a mama não mexeu comigo, me preocupei em me recuperar, minha prioridade era estar bem, com saúde, mas depois repensei e fiz a plástica”, conta Rosilene.

    Na época, o que pode ter sido um trauma, hoje é história de vida, com resultado positivo. A paciente passou por todo o acompanhamento necessário e, após retirar a mama, teve que ser submetida a sessões de radioterapia. Ao término, foi sugerida a reconstrução da mama. “Eu fiquei muito satisfeita, não esperava que a cirurgia fosse ficar como ficou. Fui acompanhada por ótimos médicos, que me deram todo o suporte e hoje eu tenho o privilégio de trabalhar ajudando outras pessoas que passaram pela mesma situação”, relata a recepcionista.

    Atualmente, ela trabalha na Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos (APPO), onde começou a atuar como voluntária quando ainda estava em tratamento. “Hoje eu sou funcionária, aqui consegui o suporte que precisava e tento fazer o mesmo pelas pessoas que passam por aqui”, destaca.

    Histórias como essa são incentivadoras para a equipe de mastologia do HAC que conta com quatro especialistas para acompanhar todas as fases do tratamento das pacientes. O primeiro passo ocorre no atendimento ambulatorial do HAC, para onde as pacientes são encaminhadas pela Secretaria de Saúde após o atendimento em uma das unidades básicas de saúde. Esse ano, cerca de 900 pacientes foram encaminhadas para a especialidade, em 2018, em todo o ano, foram atendidas mais de duas mil pacientes. No ambulatório, a paciente recebe todo o acompanhamento e é encaminhada para os exames necessários. Em A partir daí, havendo confirmação do diagnóstico para câncer, será dado início a todo o tratamento.

    A paciente é indicada para os exames adequados para a definição de todas as medidas necessárias, se haverá retirada da mama, se será parcial ou total e demais necessidades para a recuperação da paciente. A reconstrução da mama é estudada de acordo com cada paciente. Havendo condições, o procedimento pode ser feito na mesma cirurgia em que for feita a extração. “A reconstrução depende das condições clínicas, do estágio da doença, que tipo de tratamento vai ser necessário para a paciente após a extração da mama”, destaca uma das médicas da equipe de mastologia, a ginecologista Marilda Plácido.

    Entre as situações que impossibilitam a reconstrução da mama imediatamente, durante a cirurgia de extração, é quando a paciente tem a indicação de tratamento com radioterapia. “Nesses casos a reconstrução é feita ao término das sessões de radioterapia, que pode causar alterações no resultado da cirurgia de reconstrução da mama”, destaca a médica, ressaltando que a equipe trabalha com técnica cirúrgica oncoplástica. A reconstrução da mama é planejada desde o momento da incisão, o que contribui para qualidade do resultado da cirurgia plástica, mesmo que feita posteriormente.

    Para as cirurgias de reconstrução de mama, o HAC conta com parceria com a Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/FASE), que destaca cirurgião plástico para o atendimento das pacientes da rede pública. O especialista faz todo o acompanhamento da paciente para estudar o melhor método a ser aplicado. Mesmo quando a paciente não pode fazer a reconstrução da mama, na mesma cirurgia da extração, alguns métodos são adotados que irão contribuir para o bom resultado da plástica posteriormente.



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