• Reciclagem de lixo em Cascatinha agora é administrada pela Comdep

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  • 03/08/2016 10:01

    Como a Cooperativa de Trabalho D’Esperança Reciclagem teve que encerrar suas atividades em Cascatinha, pois a Comdep pediu o galpão, a companhia está dando continuidade ao trabalho de reciclagem de lixo, com aproveitamento dos ex-cooperados. As mudanças começaram no dia 18 de julho e agradaram os 14 cooperados antigos, que foram mantidos e que agora receberão um salário mínimo (R$ 880), cesta básica, café da manhã e lanche da tarde. Além disso, o galpão onde é realizada a separação e prensa de todo o material levado para o local passou por uma grande limpeza e teve a logística de funcionamento alterada. 

    O espaço foi dedetizado, pois havia muitos ratos e baratas, teve 9 toneladas de lixo não reciclável retiradas do local por seis caminhões da Comdep e recebeu jatos de água no teto, paredes e chão que estavam sujos e eram de difícil remoção. O galpão também recebeu nova pintura em alguns pontos e está tendo todo o piso nivelado para trazer mais segurança aos cooperados. A intenção foi dar o mínimo de dignidade aos trabalhadores, que recebiam, em média, R$ 200 por mês, após separar e prensar toneladas de lixo. 

    Quem visitou a cooperativa antes das mudanças fica impressionado com a transformação. O salário dos trabalha dores será pago pelo material produzido na cooperativa, caso não seja suficiente, parte do lixo já separado e prensado na cooperativa que funciona no bairro Vale do Carangola será vendida e terá a renda revertida para a cooperativa do Cascatinha, que produz cerca de 3 toneladas de lixo. Isso porque os funcionários de lá são concursados e não cooperados.

    “Eu ganhava cerca de R$ 180 por mês e na antiga administração eu ainda tinha que debitar a passagem de ônibus desse valor, ou seja, eu ganhava R$ 100 apenas e usava para pagar a conta de luz da casa onde moro. Minha mãe trabalha aqui também e recebia mais ou menos a mesma coisa. Estamos muito felizes com a nova administração e receber ao menos um salário mínimo nos trará mais tranquilidade. Agora, minha irmã e meu cunhado também trabalham aqui conosco”, disse a cooperada Cristiana Alcântara, que trabalha no local desde 2013. 

    “Estamos tentando dar primeiro o mínimo de dignidade e saneamento no espaço onde eles trabalham. Com o tempo vamos nos ajeitando e quem sabe fazendo novas melhorias. É muito bom ver a satisfação deles e saber que estamos colaborando diretamente para isso. A situação aqui estava complicada. Como imaginar famílias vivendo com uma renda mensal de R$ 200?”, disse incrédula a encarregada, Bárbara Cristina Bispo. 

    Para o encarregado geral da Comdep, Eneas Avelino dos Santos, a conquista foi grande. “Eles trabalharão das 7h às 17h de segunda a quinta, com horário de almoço, e das 7h às 16h às sextas. Fins de semana não há carga horária. Duas vezes na semana eles receberão ovos para ajudar na cesta básica. A deste mês eles receberam logo que assumimos”, explicou. 

    A cooperada Rosângela da Silva, que trabalha no local desde 2008, ficou feliz de não haver mais ratos e baratas no local. “Esses animais estavam espalhados por todo o galpão”, disse 

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