• Rebuliço, frisson e correrias

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  • 20/12/2017 12:00

    Não sei se é impressão minha, mas, nesse período de festas, Natal e Ano Novo o comércio é só rebuliço. “Frisson”… As pessoas correm em direção não se sabe de onde e para chegar não sabemos também em que local. Uns desejando vender, outros ansiosos por comprar a energia é densa e não se consegue vislumbrar que as celebrações são mais espirituais que comerciais. Não adianta. Se não se comprar uma lembrancinha a sensação é de que alguma coisa está a faltar. 

    Os supermercados abarrotados. Nem a crise, os parcos salários ou os atrasos nos pagamentos do funcionalismo os afasta das prateleiras porque é preciso e me faz lembrar o poema de Fernando Pessoa quando diz que “navegar é preciso, viver não é preciso…” Assim é o brasileiro, na ausência do peru às mesas, o pernil, o frango “classi” e a criatividade hão de imperar porque se o vinho de boa safra faltar com certeza a cervejinha essa jamais decepcionará o nosso povo ainda mais ele que ama “queimar uma carninha” enquanto batuca suas alegrias, dores, esperanças e sonhos… 

    Graças a Deus, aos Santos e aos Anjos sob a proteção de nossa Santa Mãe, depois das festas de fim de ano nos acena o carnaval e a campeoníssima Estação Primeira de Mangueira com sabedoria em seu enredo para 2018 diz que “Com dinheiro ou sem dinheiro eu brinco” Se o período é de Copa do Mundo (20l8!) chega a uma determinada hora as pessoas ficam apressadas, os automóveis se aceleram e ao final um silêncio sepulcral ainda mais se a Seleção Brasileira está em campo… Há filas: em bancos, lotéricas, lojas e afins… É preciso paciência porque chegada a hora tudo se acalmará. A mesa posta e os reiterados desejos de felicidades. Uma trégua e nada de darmos azo a fofocas, política e gente desgastada. Ele não se contenta com os bilhões usurpados de nós os sofridos duzentos e tantos milhões de brasileiros. Evitemos os descuidistas que gostam de cartões para cloná-los, de carteiras à vista e de pessoas displicentes. O ano foi tenso e difícil. Não tivemos o tempo suficiente para maior atenção aos nossos familiares e amigos.

     Fizemos o possível. Feita a pausa com a ginástica, saladas e carnes brancas não percamos de vista que bem no início do ano precisaremos marcar as visitas aos nossos endocrinologistas, nutricionistas, cardiologistas, fisioterapeutas, personal treine, dentista e demais que cuidarão de nós para que enfrentemos com coragem o ano que nos acena fiéis à dieta, bebida com moderação e cigarro nem pensar. Rezemos em favor dos que sofrem e pelas famílias. Nada adiantaria milhões de lâmpadas que ornam a Imperial Cidade se não incandescessem os símbolos, os sinos e a luz maior que é Cristo.

     É tempo de reflexão, de rever os conceitos, de deflagrarmos uma guerra em favor da paz. Não podemos mudar o mundo, mas não custa rezarmos por nossos governantes a que olhem com carinho, sobretudo, aos menos favorecidos, que não fiquem apenas nos discursos de palanque as promessas de assistência aos aposentados, professores, assalariados, previdenciários, doentes, desvalidos, aos órfãos, aos menores que perambulam pelas ruas, habitação para todos, saúde, saneamento, educação, pão, um banho de civilidade, progresso e harmonia entre os povos. Renovemos a fé, mas, que não fiquem aqui apenas palavras. O Natal é para ser vivido durante todos os dias do ano. Cristo pode renascer a cada instante. Tenhamos em Maria o fio condutor porque Ela é Estrela Guia, Porto Seguro e Fonte de Amor incondicional. 

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