• Questão de sobrevivência

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  • 08/04/2020 12:00

    Quantos anos mais viverei para compreender – um pouquinho – a criatura humana; minha espécie na qual estou inserido na categoria de adido social?

    A indagação é pertinente porque estou desorientado ao verificar que muita gente não está dando a mínima atenção à vida de nosso planeta.

    Se ela violenta as recomendações em favor da vida, diante da tal pandemia, que o mundo inteiro adota, onde pensa que está essa criatura dita racional?

    Será que ela acredita no heroísmo estampado nas tiras desenhadas dos “comics”, achando que é poderosa como o “superman” ou a “wonderwoman”?

    Ou o desajustado sou eu que prendi minha família dentro de casa besuntando todos com “álcool-gel”, desconfiando de tudo e de todos e da própria sombra, que vejo envolvendo meus entes queridos?

    Ou será crível tão idiota comportamento de sair à rua por nada e em favor de coisa nenhuma, senão pelo gosto de um protesto mais senil do que racional; ou de política-chão que não cabe diante de tufões, terremotos, tsunamis, rompimentos de equilíbrio de cercanias urbanas ou o diabo-a-quatro que nos traz uma pandermia assassina, sem o mínimo respeito por nossa ciência pesquisada e obrigando os cientistas a reavaliações em conceitos, normas e comportamentos sociais e individuais?

    “Tô maluco” quando vejo na telinha poderosos sendo internados em UTIs, em estados febris, tossindo muito, incapacitados de respirar com normalidade e o mundo explodindo de pavor e correndo para todos os lados e acampando em leitos hospitalares improvisados  e longe da vida comum, no contraponto dessas pessoas inconsequentes frequentando as ruas para um papinho ou convocando “pancadões” para lotar vias públicas com imensa irresponsabilidade criminosa?

    E, sem citar a convocação dos idosos para tomarem vacina preventiva contra uma espécie de gripe que não é a tal corona, tirando-os da quarentena para expô-los a riscos que podem ser fatais? Será que é medida cientificamente correta e adequada ao momento?

    E, por fim – antes do fim – esse jogo de vaidades e inconsequências e ditos imbecis, que autoridades maiores andam trocando pelas redes sociais, e em discursos televisivos, um desautorizando o outro, para deixar ao pouco juízo do carente povo, uma ideia tumultuosa quando demolidora do melhor bom senso.

    E quando a cabeça não pensa, o corpo paga e os leitos hospitalares ficam abarrotados de inocentes úteis. E ai, entram engraçadinhos afirmando que o Brasil continua deitado em berço só que não tão esplêndido assim porque cercado pela morte.

    E ela, a morte, está enviando para toda a humanidade, o seu ultimato esclarecedor e útil, calcado em Dante, que postou nas redes imortais de seu inferno a advertência: “Deixai toda a esperança, vós que entrais!”

    No caso brasileiro é “vós que saís…!”.

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