• Queda de energia gera prejuízo no Duarte da Silveira

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  • 12/01/2017 11:10

    As falhas na transmissão de energia elétrica que vêm acontecendo nas últimas semanas estão causando prejuízos aos moradores da rua Dias de Oliveira, no Duarte da Silveira. Em pouco mais de um mês ocorreram pelo menos 30 quedas de luz, mesmo em dias sem chuva.

     Cristina Veras, que mora há 14 anos na região, precisa da energia elétrica não apenas para as tarefas básicas, do dia-a-dia, mas também para garantir uma melhor qualidade de vida ao filho, que fez um implante coclear e utiliza um aparelho auditivo, que precisa ser recarregado. “Meu filho é portador de necessidades especiais. Ele tem dez anos e está sem ouvir por causa dessas falhas na energia. O aparelho que comprei para ele foi solicitado por um médico, e veio de Bauru-SP. Se ele queimar, igual os aparelhos eletrônicos estão queimando por aqui, a gente vai ficar enrolado, porque não é algo que eu posso comprar assim, em qualquer lugar”, explicou. 

    Paulo César Martins, aposentado, teve dois aparelhos eletrônicos e três lâmpadas queimadas na noite da última terça-feira (9), quando ocorreram duas falhas na energia. “A luz caiu ontem e só voltou hoje de manhã. Aí quando eu fui testar na tomada vi que não estava funcionando”, contou o morador, que perdeu uma televisão, um aparelho de DVD e três lâmpadas econômicas.

     A costureira Andréa Schmidt Ribeiro também enfrenta problemas. Ela comprou filtros de linha, mas acabou perdendo todos devido às oscilações na energia. “A luz acaba todos os dias por aqui e, quando volta, queima os aparelhos. Já ligamos várias vezes para a Ampla (Enel) e tentamos de tudo, mas não conseguimos solução. A gente não sabe mais o que fazer. Estamos preocupados porque não somos ricos. Não podemos ficar comprando quantos aparelhos a gente quiser. Alguém tem que dar um jeito nisso”, lamentou.

     Andréa disse ainda que o forno de micro-ondas da sua sogra queimou numa dessas variações. “Hoje a luz acabou três vezes. Isso é um absurdo”, completou. 

    Nas casas da região há grandes pilhas de roupas sujas porque não há energia para ligar a máquina. “Estamos à deriva. A luz vai, volta, vai, volta e a gente fica aqui”, concluiu.

    A Tribuna questionou a Enel sobre o caso, mas até o fechamento dessa reportagem não obteve uma resposta. 

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