• Proprietários denunciam invasão de casas interditadas após chuvas

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  • 15/09/2018 08:00

    Quem anda pela rua Caminho do Imperador, no Independência, nota na paisagem as marcas da tragédia que aconteceu no local em 2013, quando um deslizamento de terra soterrou casas e matou pelo menos quatro membros de uma mesma família. Algumas casas vizinhas foram interditadas pela Defesa Civil e as famílias tiveram que se mudar. Cinco anos depois do ocorrido, proprietários dos imóveis denunciam que as casas que foram interditadas estão sendo invadidas. Segundo os proprietários, os novos moradores estão fazendo reforma e novas construções. 

    Uma das proprietárias, que preferiu não ser identificada, contou que teme que os invasores não saiam mais do local. Beneficiária do aluguel social, pago pelo Governo do Estado, a proprietária pensa em fazer uma obra na antiga moradia para deixar o aluguel. “Queria tentar voltar para minha casa. 

    O Estado não tem pago o aluguel em dia, como neste mês que está atrasado e ficamos com medo do despejo. Na minha casa, eu quero fazer uma obra e sair do aluguel”, lamentou.

    A proprietária já recorreu à Defesa Civil e fez um boletim de ocorrência na 105ª Delegacia de Polícia, mas ainda não conseguiu que sua casa fosse desocupada. Casas vizinhas, que também foram interditadas na época, voltaram a ser ocupadas. “A incerteza do aluguel social está nos deixando com medo de não ter nem para onde voltar, mesmo que não seja o mais adequado. Não é só por mim, mas pelas outras pessoas que moravam lá”, completou. 

    Na tarde de ontem, a Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias informou que vai oficiar a Polícia Militar (PM) para aumentar a segurança naquela região, também reforçando o pedido para que os invasores sejam retirados do local.


    Beneficiários do aluguel social cobram solução para os atrasos 

    A Associação de Moradores do Aluguel Social realizará no dia 01 de outubro uma Audiência Pública na Câmara dos Vereadores para pedir ao Governo do Estado que os valores do aluguel sejam pagos em dia, e cobrar agilidade na entrega das moradias no Vicenzo Rivetti.

    “Estamos esperando o Estado fazer o pagamento. Já está com um mês de atraso, daqui a pouco completa dois meses. É um sofrimento enorme para as famílias, tem pessoas que não têm nem o que comer e tem que pagar o aluguel. Sem contar os proprietários pedindo as casas”, disse o presidente da associação Marcos Borges Sagati.

    Segundo os beneficiários, o valor de R$ 500 que vem sendo pago está defasado, e muitas famílias não conseguem se manter nas casas com os reajustes anuais dos locatários. O Estado é responsável pelo pagamento do aluguel social de mais 720 famílias. A audiência está marcada para as 18h.



     

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