• Profissionais dos Correios mantêm estado de greve

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 15/08/2018 18:47

    Em Assembleia realizada na terça-feira (14) na cidade do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintec-RJ), aceitou a proposta apresentada pelos Correios, mas manteve o estado de greve, devido a pendências sobre o plano de saúde dos trabalhadores. O benefício será cobrado em forma de coparticipação e os dependentes podem ser retirados. O Correios comemoram o acordo e dizem que esta é a primeira vez, em mais de duas décadas, que a empresa e as representações sindicais chegam a um consenso sem a realização de greve.

    Os Trabalhadores Ecetistas do Rio de Janeiro aprovaram nesta terça-feira a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Além da proposta que mantém o ACT 2018/2019 nos moldes dos despachos do TST de 07 e 13 de agosto, também foram aprovadas ações unificadas em defesa da categoria, pedidas pelas federações de representação dos Trabalhadores Ecetistas. Mesmo com a aprovação da proposta, a categoria permanece em estado de greve, devido a discordâncias sobre mudanças no plano de saúde dos trabalhadores.

    “Existem algumas pendências sobre nosso plano de saúde. Mudaram a forma de cobrança, passando para coparticipação, sendo cobrado baseado em salário bruto, nossa reivindicação é que seja baseado no nosso salário-base. Além disso, querem tirar nossos dependentes, alegando que o custo tem sido alto”, declara o secretário do interior do Sintect-RJ, Leônidas da Silva.

    O sindicato declarou, também, que uma moção de repúdio ao presidente dos Correios, foi apresentada no encontro, devido a uma “tentativa de interferir na proposta apresentada pelo TST, fruto da organização e mobilização dos Ecetistas em todo país, como se a aprovação da proposta fosse fruto de sua intervenção, o que, nem de longe, chega a ser verdade”.

    Leônidas da Silva, diz que se as pendências sobre o plano de saúde não forem resolvidas, a categoria poderá paralisar os serviços entre final de agosto ou início de setembro.

    Em nota, os Correios comemoram o acordo, que segundo eles, não acontecia há 20 anos. A empresa destaca também, que os 36 sindicatos e as duas federações que representam a categoria dos empregados dos Correios aprovaram a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o Acordo Coletivo 2018/2019, nas assembleias realizadas na terça.

    A assinatura ocorrerá na próxima semana, em Brasília. A proposta aprovada garante a manutenção do ACT 2017/2018, ressalvados apenas os termos da decisão do TST sobre o plano de saúde, com reposição salarial pela inflação do período, medida pelo INPC, aplicada ao salário e aos benefícios. Com o aceite da proposta, os benefícios e vantagens previstos no acordo já serão aplicados a partir da folha de pagamento de agosto.

    Nos últimos dias, os Correios funcionaram normalmente, com a prestação de todos os serviços, inclusive o de encomendas, que é concorrencial. 

    Últimas