• Produtores do Caxambu alugam trator para recuperar estrada e escoar produção

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/08/2017 12:00

    Os problemas na Estrada José Almeida Amado, na localidade do Santa Isabel, no Caxambu, não são novos, mas a demora para conseguir uma solução está aumentando a dor de cabeça e também os prejuízos à população local. Quem vive na região, além de enfrentar diariamente dificuldades para escoar produtos – a área é um dos mais importantes pontos de produção agrícola da cidade – nunca sabe quando pode contar com o transporte urbano. Isso porque a situação da estrada é tão ruim que frequentemente impossibilita a passagem dos coletivos. Segundo informações da empresa PetroIta, a área – especialmente o trecho final, de 800 metros – é uma das mais críticas da cidade.

    Na última semana, cansados de esperar pelo poder público, os próprios moradores se juntaram para alugar um trator e recuperar a via, abrindo caminho para passagem. “Eu não entendo como deixam isso chegar a esse ponto. E olha que nem estamos em período de chuvas. Estamos na seca. Choveu pouco e mesmo assim a estrada ficou muito ruim. Imagina nos próximos meses como vai ficar!”, lamentou o verdureiro Sebastião da Costa, lembrando os produtos que saem da região abastecem não apenas Petrópolis, mas também a Região Metropolitana do Rio.

    A via, de terra, é cheia de buracos e valas. Lajotas colocadas para tentar melhorar a passagem, em dias de chuva, tornam o trecho ainda mais perigoso. “É um sacrifício passar por aqui. Sempre reclamamos, mas ninguém faz nada. Tem dia que tem tanto buraco que desanima sair de casa. Aí jogamos entulho, pó de pedra, tudo para amenizar, mas não adianta. A estrada é grande e só a Prefeitura para resolver mesmo”, explicou o produtor Francisco Loureiro, lembrando que os moradores já se uniram em outra ocasião, para um mutirão. 

    A empresa PetroIta, por meio do Sindicato das Empresas de Transporte, informou que a serviço no trecho depende da via e do tempo e frisou que a ampliação da linha que atende aos moradores (em junho de 2016) foi feita sem laudo de viabilidade técnica, que garante a segurança da operação. É comum, em dias de chuva, o veículo derrapar sobre as lajotas ou ficar impedido de transitar por causa da lama. Em nota, a Prefeitura informou apenas que “a manutenção do calçamento da via está no cronograma de serviços do Núcleo de Manutenção Viária da Secretaria de Obras”.



    Últimas