• Procura por medicamentos aumenta antes de reajuste do preço nas farmácias

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  • 02/04/2019 17:20

    Após o anúncio de reajuste no preço dos remédios, a procura por medicamentos aumentou nas farmácias e drogarias da cidade. Enquanto os novos custos ainda não foram repassados às lojas, clientes aproveitaram para adiantar as compras, garantindo os valores normais planejados no orçamento do mês. O aumento de até 4,33%, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, começou a valer nesta segunda-feira (1°).

    De acordo com Elisângela Barbosa, gerente de uma farmácia no Centro, o repasse do reajuste para as lojas deve acontecer até hoje. “Estamos permanecendo com os preços antigos, pois, a maioria das lojas ainda não recebeu a atualização dos novos valores. Com isso, percebemos um aumento considerável na procura pelos remédios no início desta semana”, explicou.

    Segundo Fabiano Bruck, balconista em uma drogaria, alguns medicamentos ainda ficarão com os preços mantidos durante os próximos dias. “Alguns remédios foram repassados para as lojas na semana passada, ou seja, ainda sem o reajuste. Com isso, conseguimos manter seus valores. Hoje, a preocupação de muitos clientes era sobre o aumento no preço, o que poderia acarretar um impacto no orçamento”, disse.

    Para uma idosa, que não quis ter a identidade revelada, a melhor alternativa foi tentar antecipar a compra. “Infelizmente não consegui ainda pegar o remédio com o preço antigo. Gasto, em média, R$ 300 por mês. A princípio, não senti tanto o impacto no bolso, mas, certamente vai gerar uma mudança nos meus gastos”.

    Para a corretora Claudia Mello, de 48 anos, o aumento pegou a família de surpresa. “Sabemos que todos os anos há um reajuste. Porém, dessa vez essa alteração já é motivo de preocupação. Por exemplo, minha mãe tem 89 anos, e vive apenas de aposentadoria. Quase 40% do que ela recebe é destinado para a compra de remédios”, lamentou.

    De acordo com o Ministério da Saúde, o percentual é o teto permitido de reajuste. Nesse caso, cada empresa decide se aplica o índice total ou menor. Os valores são para os medicamentos vendidos com receita. Ainda vale lembrar que, o cálculo do reajuste é feito com base em fatores como a inflação dos últimos 12 meses – o IPCA, a produtividade das indústrias de remédios, o câmbio e a tarifa de energia elétrica, além da concorrência de mercado. As empresas que descumprirem os preços máximos permitidos ou aplicarem um reajuste maior do que o estabelecido podem pagar multa que varia de R$649 a R$9,7 milhões.

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