• Procissão de Corpus Christi terá início na Rua São Pedro de Alcântara

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  • 30/05/2018 17:52

    A tradicional procissão de Corpus Christi acontece nesta quinta-feira (31), no Centro Histórico e também em diversos bairros da cidade, com os católicos confeccionando os tapetes por onde passa o sacerdote com o hostensólio. Para montar os tapetes são usados todo tipo de material, sendo que os principais são serragem, pó de café, sal, tampinhas de refrigerante e materiais naturais, como folhas e flores. O Bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão (OSB) vai presidir a missa, às 15h, na Catedral São Pedro de Alcântara, e em seguida acontece a procissão com a participação de fiéis de todas as paróquias do primeiro distrito. 

    O trajeto da procissão tem início na Rua São Pedro de Alcântara e passa pela Avenida Imperatriz, Rua do Imperador, Rua Doutor Nelson de Sá Earp, Avenida Koeler e retorna para Catedral. O fechamento da Rua São Pedro de Alcântara terá início às 9h, para confecção dos tapetes. O restante do percurso será bloqueado a partir de 11h30. As vias serão liberadas após a passagem dos fiéis. 

    O bispo de Petrópolis diz que este é um momento em que os católicos manifestam publicamente sua fé “em Cristo, vivo e presente na eucaristia”. A Igreja Católica no Brasil vai aproveitar as orações da festa de Corpus Christi para colocar como intenção o país em função da crise política e econômica. Além do centro, acontecerá procissão em várias comunidades, como em Cascatinha, Alto da Serra, Quitandinha e nos distritos. 

    A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.

    O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

    Em 11 de agosto de 1264, o Papa emitiu a bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração de Corpus Christi. Em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

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