• Problema de pele em animais também pode afetar os humanos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 20/01/2016 13:00

    Assim como nos humanos, as doenças de pele também afetam os bichinhos de estimação e podem trazer sérios problemas. São comuns as queixas e casos levados a serem tratados em clínicas veterinárias. Uma das patologias de difícil diagnóstico em cães e gatos é a dermatofitose.

    Segundo o médico veterinário e dermatologista Tiago Abrahão, a dermatofitose é uma micose que afeta as estruturas mais superficiais do corpo, como a pele, pelos e unhas. Os microrganismos que causam a doença estão presentes no solo. "Os felinos estão entre as espécies que mais adquirem a doença, especialmente os gatos de pelagem longa, como o persa. Já na espécie canina, os yorkshires apresentam predisposição. Roedores e seres humanos também são frequentemente contaminados".

    "A transmissão da doença ocorre por meio do contato com animais, pessoas ou ambiente contaminados com as estruturas fúngicas. A terra também pode ser uma grande fonte de contágio", explica Tiago. Os donos devem estar atentos aos primeiros sinais da doença. Dentre eles estão lesões de pele com crostas e escamas, inflamação e queda de pelo. A lesão no gato e no cão, geralmente, não causa coceira.

    Como toda doença, a melhor forma de combatê-la é a prevenção. O contágio da dermatofitose pode ser evitado não deixando os animais em contato com o solo contaminado. Outra medida a ser realizada é desinfetar o ambiente onde vivem os indivíduos doentes, eliminando os artrósporos fúngicos (estruturas contaminantes) com hipoclorito ou calor, pois os artrósporos são muito resistentes e duram meses no ambiente. Uma das dicas é utilizar vassoura de fogo e, principalmente, descartar todos os utensílios pessoais, como panos e caminhas.

    Quando houver o contágio, leve o animal imediatamento ao veterinário para ser feito o diagnóstico e iniciar o tratamento. "A terapia é baseada em medicações orais à base de antifúngicos atrelado a medicamentos de uso tópico, como xampus, géis, cremes e loções. A desinfecção do ambiente é fator essencial para evitar recontaminação", destaca o dermatologista. 

    Tiago ainda ressalta que, como dito, o ser humano pode contrair a doença. Portanto, realizando com agilidade o diagnóstico, estabelecendo o tratamento médico veterinário de seu animal e a desinfecção do ambiente, evita-se a contaminação humana.

    "Por ser uma doença relativamente incomum e seus sinais clínicos serem muito similares a diversas outras doenças de pele, o diagnóstico nem sempre é realizado com precisão. Por isso, o acompanhamento dermatológico para efetuar a investigação e o correto tratamento são indispensáveis", conclui.

    Últimas