• Presidenciáveis inauguram programas da campanha no rádio e na TV

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  • 02/09/2018 20:30

    Na abertura de seu programa na TV, o PT criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, na madrugada de sábado (1º), negou o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido disse que vai recorrer e citou recomendação de um comitê da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a qual Lula poderia concorrer à Presidência e ser eleito, tese que não foi aceita pela Justiça Eleitoral.

    O TSE considerou Lula inelegível por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá.  

    No programa, o vice da chapa do PT, Fernando Haddad, afirma que insistirá na candidatura do ex-presidente, a quem prometeu lealdade. O próprio Lula apareceu em filmagens realizadas antes de sua prisão, em abril. Ele se disse inocente e não  pediu votos para si, o que foi proibido pelo TSE.

    Dono de quase metade do tempo destinado aos presidenciáveis (5min33s), Geraldo Alckmin (PSDB) se apresentou como o mais “equilibrado”. No rádio, ele pediu que o eleitor vote “sem ódio”, citando diretamente o adversário Jair Bolsonaro (PSL). Segundo Alckmin, o deputado orgulha-se de ter votado contra o projeto de lei que garantiu mais direitos às empregadas domésticas. Na TV, o programa do PSDB fez uma crítica mais velada a Bolsonaro, mostrando que o desemprego, as filas na saúde, o analfabetismo e a fome não se resolvem com bala. O programa mostrou ainda a origem de Alckmin no interior de São Paulo e sua carreira como médico, referindo-se a ele como “Geraldo”.  

    Com apenas 8 segundos de tempo de TV e rádio, Bolsonaro limitou-se a defender “a família e a pátria”. Com o mesmo tempo, João Amoêdo, do Novo, disse que, se for eleito, acabará com o horário eleitoral obrigatório. Também com o tempo de 8 segundos, Eymael (DC) e Cabo Daciolo (Patri) limitaram-se a pedir votos.

    Vera Lúcia (PSTU), também com 8 segundos, somente afirmou que a eleição é “uma farsa” e conclamou a uma rebelião. Guilherme Boulos, do PSOL, que teve direito a 13 segundos, foi apresentado pelo ator Wagner Moura.

    Em  21 segundos, a candidata Marina Silva (Rede), que abriu o programa eleitoral dos presidenciáveis, mostrou a origem dela, na zona rural do Acre. Em imagens em que está acompanhada do candidato a vice-presidente Eduardo Jorge (PV), Marina prometeu mobilizar os brasileiros para mudar o país.

    O slogan “chama o Meirelles” marcou a propaganda do candidato do MDB, Henrique Meirelles. Ex-presidente do BankBoston e do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Meirelles aparece como alguém que vem sendo chamado para resolver os problemas. Ele se apresentou como um candidato que paga sua campanha para não dever favores e disse que não tem processos, nem denúncias de corrupção.

    Reconstruir a confiança da população brasileira foi o mote do programa de Ciro Gomes (PDT). O candidato prometeu trabalhar para que o Brasil volte a ser “uma nação justa e generosa com a sua gente”. Disse ainda que a sua missão é tirar o povo brasileiro do sofrimento. Com 38 segundos, o pedetista pediu que os eleitores acessem sua página na internet.

    Alvaro Dias (Pode) apresentou-se como um homem nascido na roça e seguidor dos ensinamentos dos pais: “trabalhar, ser honesto e ter vergonha na cara”. Sobre a foto em que aparece ao lado do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, Dias afirmou que está do lado certo. Dias encerrou o programa citando os políticos que “ficam no blá-blá-blá” e com um gesto, pediu que o eleitor “abra o olho”.

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