• Prefeitura assume creche para comerciárias

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  • 24/10/2017 12:30

    A partir de janeiro, a Creche da Mãe Comerciária passará a ser administrada pela Prefeitura. Alegando dificuldades econômicas com o fim da obrigatoriedade da cobrança do Imposto Sindical e com a redução no número de associados, o Sindicato dos Comerciários fechou um acordo com o governo municipal para que o poder público assuma a unidade. Atualmente, a creche funciona de segunda a sábado, de 7h as 19h, e atende 158 crianças com até cinco anos.

    De acordo com o presidente do sindicato, Ernani Corrêa Magalhães, a princípio não haverá mudanças no funcionamento da unidade e todos os 34 funcioná- rios da creche serão mantidos. “O acordo foi manter todos os empregos. Apenas a diretora será substituída e quem assume em janeiro é uma pessoa da rede municipal indicada pela Secretaria de Educação. As crianças também não perdem a vaga”, afirmou o sindicalista. Atualmente, cerca de 140 crianças estão a espera de vaga.

    Ainda de acordo com Ernani, o horário de funcionamento da creche deve continuar o mesmo. “Essa questão deve ser discutida entre a Secretaria de Educação e os pais”, disse. Como a unidade atende a mães que trabalham no comércio, o horário de chegada e saída das crianças leva em consideração o funcionamento das lojas. Já as creches da rede municipal – chamados de centros de educação infantil – funcionam, em sua maioria, até às 17h.

    A Creche da Mãe Comerciária funciona há mais de 20 anos em um imóvel próprio do sindicato na Rua Visconde do Bom Retiro, no Centro. Segundo Ernani, o custo de manutenção da unidade é de R$ 100 mil mensais. “Esse custo passará para a Prefeitura, que, além dos salários dos funcionários ainda vai arcar com todas as despesas e manutenção da creche. Além disso, estamos estudando a possibilidade de cobrar um aluguel pelo espaço”, disse o sindicalista. “Essa parceria foi importante para que a unidade não fechasse. A situação financeira não está boa. Com a grande taxa de desemprego no nosso setor perdemos associados e, com o fim do Imposto Sindical, agora em novembro, não tínhamos mais como garantir o pagamento dos salários dos funcionários”, ressaltou. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em nove meses, o comércio perdeu 583 postos de trabalho.

    Segundo Ernani, existem hoje na cidade cerca de 13 mil comerciários. Desses, aproximadamente 6 mil são associados ao sindicato. “Apesar das dificuldades, vamos continuar mantendo o atendimento mé- dico e odontológico”, informou o sindicalista. 





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