• Prédio de creche abandonado desde 2015 no Atílio Marotti preocupa moradores

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  • 30/08/2019 20:00

    Já quase não é possível ver a pintura feita pelas crianças no antigo Centro de Educação Infantil Irmã Dulce, no Atílio Marotti. Com paredes tomadas por mofo e infiltrações, até portas e torneiras foram furtadas. É assim que se encontra atualmente a creche, que há cerca de quatro anos atendia as famílias do bairro. Na ocasião, o espaço foi desativado com a justificativa de que passaria por uma obra, mas até hoje a intervenção no local não foi finalizada. O descaso com o imóvel e com as necessidades de quem vive na região geram revolta.

    Diante disso, o prédio, que deveria estar pronto em novembro de 2016, acabou se tornando uma preocupação para a comunidade. Segundo os moradores, até poucos meses, pessoas haviam ocupado o imóvel. Como o espaço voltou a ficar vazio, eles pedem que uma providência seja tomada, o mais rápido possível, para evitar que outras famílias se mudem para a unidade. E, também, para que finalmente as crianças do bairro voltem a ter uma creche perto de casa. 

    A dona de casa Clariana de Souza, por exemplo, tem que utilizar o transporte público diariamente, para levar e buscar o filho na creche em outro bairro. “É difícil, porque a passagem está muito cara. O transporte gratuito disponibilizado pelo município, na época do fechamento da unidade, foi retirado pouco tempo depois. Além disso, nem sempre tem ônibus na hora que preciso levar meu pequeno”, reclamou. 

    Tudo começou em novembro de 2015, quando um curto-circuito despertou a atenção dos moradores para possíveis riscos de acidentes no local, que já tinha uma estrutura precária. Depois de meses de pedidos e negociações com o governo municipal, no mês de maio de 2016, a prefeitura iniciou as intervenções no local. O prazo para conclusão das obras era de 150 dias. No entanto, segundo moradores, a reforma foi interrompida na troca de gestão. Na época os alunos da unidade foram transferidos para outra creche, no Retiro, e tinham o transporte disponibilizado gratuitamente pelo município.

    “A gente tem medo que isso vire ponto de venda e uso de entorpecentes. Temos muitas famílias vivendo no bairro que precisam de uma creche próxima. Além disso, quanto mais o tempo passa, mais o imóvel se deteriora, e lógico que será ainda mais difícil recuperá-lo. Só pedimos que o poder público tenha piedade de nós”, disse a vice-presidente da associação do Atílio Marotti, Lucilene Gumier.

    A Secretaria de Educação informou que estuda a possibilidade da retomada das obras no imóvel. As obras foram iniciadas em 2016 e paralisadas pelo governo passado. As crianças que estavam matriculadas no Centro de Educação Infantil foram transferidas para o CEI Olívia Machado, no Retiro. A decisão de transferir os alunos para o CEI Olívia Machado foi tomada pelo governo anterior. Na época, um comunicado foi feito aos pais.

     

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