• Preços do etanol e diesel aumentam depois de um mês de estabilidade

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 04/01/2019 16:25

    Motoristas de veículos movidos a etanol (álcool) e diesel já estão desembolsando mais para encher o tanque. O litro dos combustíveis teve uma alta desde a virada do ano. O motivo é que os donos dos postos estão pagando mais caro pelos produtos nas refinarias. O etanol teve aumento de cerca de 7.2% em função da disparada da alíquota do ICMS. Já o diesel, teve acréscimo de 2.5% devido ao fim do subsídio que havia sido acertado entre o governo federal e os caminhoneiros, após paralisação da categoria no final de maio de 2018.

    Leia também: Petrobras detecta vazamento de óleo na Bacia de Campos

    Em Petrópolis, alguns postos ainda mantém o valor praticado no ano passado tanto para o etanol quanto para o diesel, mas quem já renovou o estoque já está cobrando mais pelos combustíveis. É o caso do posto localizado na Rua Coronel Veiga, próximo ao número 687, onde o álcool custa R$ 0,51 mais caro e o litro do diesel está saindo por R$ 3,69.

    "Há pelo menos um mês não havia reajuste desses combustíveis. Na quarta-feira, já compramos com um valor maior e foi necessário repassar os preços", explicou o gerente do posto, Marcos Mayworm, de 56 anos. No posto, o litro do álcool custa R$ 4,39, no mês passado, o produto era vendido a R$ 3,88.

    De acordo com a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do etanol nas bombas custava, em dois de dezembro, R$ 3,68 terminando o mês com uma leve queda, passando para R$ 3,65. Já o diesel era encontrado na mesma data a R$ 3,65 o litro e encerrou o mês de dezembro com o preço médio de R$ 3,64.

    Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniências do Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ), a alíquota do ICMS do etanol saltou de 25% para 32% no dia primeiro de janeiro, por ter expirado a validade do Decreto número 36.112, de 25 de agosto de 2004, que há 14 anos mantinha o patamar mais baixo, para que o Rio de Janeiro não perdesse competitividade com o mercado de São Paulo.

    "Esses aumentos nos preocupam porque tendem a causar impacto negativo no volume de vendas, uma vez que o consumidor, de uma maneira geral, já vem agindo de forma extremamente cautelosa. E nem todos compreendem que muitas vezes, como agora com o diesel e o etanol, os preços sobem por causa de leis ou impostos", comentou Ronald Barroso do Couto, presidente do Sindestado-RJ.

    Últimas