• Preço da gasolina já aumentou mais de 10% em 15 dias: a dica é pesquisar

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  • 06/09/2017 09:30

    O preço dos combustíveis sofreu mais um reajuste nesta semana. O aumento de pouco mais de 3% no valor nas refinarias é o terceiro em menos de 15 dias. No total, o preço da gasolina já subiu 10,5% em 15 dias. O anúncio da nova alta foi feito pela Petrobras na última segunda-feira e os novos preços repassados às distribuidoras já geraram aumento nas bombas.

    Em Petrópolis, a soma destes reajustes resultou numa alta de R$ 0,40 no preço do litro da gasolina. Postos que antes vendiam o combustível o litro a R$ 4,09, no último levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), hoje vendem a R$ 4,49. Mas, assim como em muitas cidades da região, o valor muda também de acordo com a bandeira do posto. Assim, é possível também encontrar o mesmo combustível a R$ 3,99 sem sair do Centro, como é o caso do posto Toronto, que fica na Rua Bingen, sentido Centro. Por lá, o etanol que custa em média R$ 3,49, pode ser comprado a R$ 2,99. 

    Já aqueles que preferem a gasolina aditivada num posto da Petrobras, Shell ou Ipiranga vão ter que pagar bem mais do que o valor médio. Isso porque em Itaipava, por exemplo, o valor da gasolina Grid da Petrobras nos postos BR chega a R$ 5,49. Já nos postos Ipiranga, a DT-Clean custa em média R$ 4,99. O litro do etanol também subiu. O combustível, que custava R$ 3,18 nos postos Ipiranga do Centro, na semana retrasada passou a custar R$ 3,38. O aumento real resultou em R$ 0,20 no bolso do consumidor.

    Segundo a Petrobras, os aumentos sucessivos se devem, entre outros fatores, ao fechamento de refinarias nos Estados Unidos, por conta do furacão Harvey, que devastou o estado do Texas. A interrupção nas atividades por conta da tempestade gerou a necessidade de aumentar o preço do combustível. 

    Mas a providência tomada para “reduzir os impactos financeiros do furacão” não agradou muita gente. “O que não me entra na cabeça é por que aumentar a gasolina aqui no Brasil se o problema foi lá. Por que não aumenta no país deles então? A Petrobras é brasileira. Nós é que vamos ter que pagar esse preço? Não dá. Já estamos numa crise absurda, tudo subindo da noite para o dia. E eles ainda não têm vergonha para tomar esse tipo de atitude?” questionou Jorge Luíz Toledo, marceneiro.

    O corretor de imóveis Rogério Louzada, de 45 anos, vai ter que recalcular as planilhas do fim do mês. Ele, que viaja toda a cidade para visitar imóveis e clientes, gasta em média, com combustíveis, R$ 200 por semana. “Com um reajuste de R$ 0,10 por litro, agora eu vou ter que desembolsar mais um dinheiro para cobrir esse rombo deles”, contou, indignado. O diesel também sofreu reajuste, subindo 0,1%, acumulando quase 5% em cinco dias. 

    A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis) disse que o preço na bomba dos postos depende do valor cobrado pelas distribuidoras, que são as principais impactadas pela alta nas refinarias. “A Fecombustíveis não se pronuncia sobre o impacto do preço na bomba. Os preços dos combustíveis no Brasil são livres, e a cadeia é complexa. Os postos não compram combustíveis das refinarias, compram das distribuidoras. As distribuidoras, por sua vez, compram das refinarias e arcam com outros custos como fretes, custos do etanol anidro, que é misturado à gasolina, e os custos do biodiesel, que são adicionados à mistura do diesel. Sem contar que a formação de preços dos combustíveis embutem impostos estaduais e federais. Portanto, a relação de preços das refinarias da Petrobras não é direta para o consumidor. Os custos dos combustíveis vendidos aos postos dependem do valor que compram combustíveis das distribuidoras” diz a nota. 

    Para quem deseja economizar e minimizar os impactos dessa alta, a dica é pesquisar e aproveitar as promoções que muitos postos oferecem, como os descontos por programa de fidelidade, como o Premia, da Petrobras, e o Km de Vantagens, do Ipiranga. Nesses postos é possível obter descontos significativos em cada compra, além de acumular pontos que podem resultar em troca por “multiplus”, convertidos em ingressos para shows, passagens ou até mesmo produtos como eletrodomésticos e smartphones.



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