• Porque da falta de humanidade

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  • 03/03/2017 13:00

    Relativamente ao próprio crescimento das filosofias, dos mecanismos da matéria e do próprio crescimento tecnológico e científico, o homem manteve-se em atraso em sua formação divina e humanística. 

    Somente a parte executiva, pode-se dizer, ampliou a humanidade através de seus feitos, em avanços que, hoje, abastecem toda a humanidade. Entretanto, temos aí um grande confronto: a parte humana e realizável em déficit extremo com sua verdadeira essência.

    O homem cresceu sim, em produtividade, em relacionamento com todas as partes da Terra, em conhecimentos diretamente ligados ao seu conforto e engrandecimento de seu meio de vida e da própria continuidade, mas se distanciou de sua evolução íntima, eximindo-se de tornar-se um ser mais completo e evoluído. 

    O ser humano, realmente, busca um conforto maior, o que é certo e inegável, busca a sua complementação física e necessária à vivência carnal, mas, mesmo diante destas prerrogativas, ele se esquece de que não adianta tanta mecânica de corpos e tecnologias de vida, para que obtenha seu avanço íntimo. O satisfazer-se em prazeres e futilidades não lhe acrescentará nada, absolutamente. Como ser eterno, ele precisa voltar-se para uma realização interior, numa busca à sua reeducação íntima. 

    Já repararam que hoje o ser humano só demonstra as realizações materiais, só notifica os valores adquiridos, a contumaz vida cercada pelos prazeres e crescimentos materiais? 

    Já perceberam que ao encontrarmos alguém conhecido e perguntar como está e o que está fazendo, obtemos declarações de bens e posicionamentos de vida? 

    Já perceberam que os pais mostram seus filhos somente nas concretizações trabalhistas? 

    Sim, as respostas às nossas perguntas são sempre as físicas, materiais e mecânicas, e nunca as mais profundas e válidas, realmente, para a formação íntima do homem, para sua educação moral e espiritual.

     Vejamos como seria mais fácil a humanidade se autenticar e se educar, intimamente: 

    _as crianças em idade escolar precisariam, antes de tudo, tomar conhecimento da grandeza de sua criação, seus corpos e seus potenciais; 

    _os adultos e já adolescentes, além de buscarem os conhecimentos físicos e idealistas, precisavam envolver-se com o potencial humano que trazem dentro de si, sentirem-se parte ativa do mundo, verem-se em disposições outras que não só a de usufruir das belezas e oportunidades de uma idade tão audaciosa; que esta audácia fosse também dirigida a um conhecimento e ilustração maiores do que são como criaturas infinitas; 

    _a autoanálise de cada criatura seria, portanto, necessária a cada época. Não essa análise feita entre quatro paredes e, muitas vezes, enfocada, erradamente, mas uma observação real daquilo que representam como criaturas divinas diante de um mundo de tantos sofrimentos e necessidades; 

    _as atitudes de humanidade, em perfeito entendimento das necessidades do ser humano, o confronto de situações, o entendimento íntimo de cada uma das criaturas, esses seriam o objetivo do escolar, do adolescente, para que, quando atingisse a idade madura, soubesse sua real situação na face da Terra. Uma conduta já bastante delineada e observada lhes daria a noção de dever para consigo mesmos e para com o resto da humanidade; 

    _uma penetração maior nas diferenças entre as almas e os diversos envolvimentos emocionais e humanos, o aprimoramento no entendimento social, seria a maneira mais fácil de evitarmos autoanálises futuras;

    _conhecer a si próprios seria uma declaração de paz a nossos irmãos, seria um preciso entendimento espiritual. Sim, porque, ao buscar nosso íntimo e o de nossos irmãos, estaríamos tangenciando o lado espiritual e cada vez mais penetrando no âmago de Espírito. 

    Busquemos esse confronto do material com o humano, com o íntimo e o espiritual de cada ser, para que possamos melhorar a nós mesmos e ao mundo em suas condições de viver.

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