• Polícia Civil continua investigando o caso da Seita Mundial

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  • 03/05/2016 13:00

    As investigações em torno do período em que Donato Brandão Costa, de 45 anos, líder da Seita Mundial, criada no Maranhão na década de 90, permaneceu em Petrópolis continuam sendo realizadas pela Polícia Civil. Apesar disso, a delegada Juliana Menescal afirma que até o momento não há indícios da ligação do acusado, com crimes cometidos na cidade. A descoberta de que ele viveria no município, ocorreu devido ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão, no sítio do suspeito, localizado na BR-40, que foi classificado por ela como uma coincidência. 

    No início de abril a Polícia Civil passou a investigar o sequestro, de uma pessoa não identificada, que vivia no sítio de Donato em Petrópolis. Durante a vistoria realizada no local, os policiais encontraram diversos materiais religiosos utilizados pela Seita Mundial no Maranhão, que indicam uma possível continuidade da seita em Petrópolis. A vítima sequestrada, foi localizada pela polícia e voltou a morar no sítio da BR-040. De acordo com Juliana Menescal, os acusados pelo crime já foram presos. 

    “Os suspeitos alegaram que sequestraram a vítima de forma aleatória, ou seja, sem qualquer ligação com a seita religiosa. Os criminosos chegaram a pedir o pagamento de R$ 15 mil de resgate, porém o valor não foi pago e eles decidiram deixar a vítima em uma cidade de Minas Gerais. Lá ela prestou depoimento e voltou a residir em Petrópolis, no sítio do Donato. Foi por causa desse caso que descobrimos que Donato Brandão estava na cidade há três anos, e havia vindo do Maranhão com integrantes da seita. Ainda em abril fomos informados sobre o mandado de prisão para a regressão de pena, decretada pela Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro”, contou.

    A vítima, que nasceu no Estado de Goias, afirmou para a polícia que não faz parte de nenhuma seita religiosa. Mesmo assim, a quantidade de material encontrado no sítio, ligado a Seita Mundial impressionou os policiais que realizaram o cumprimento de mandado de busca e apreensão no local, em abril deste ano.


    Saiba mais 

    Donato é apontado como responsável pela castração de três jovens em São Luís do Maranhão. Ele foi condenado a 37 anos e 8 meses de reclusão, e preso em 1999. Em 2010 conseguiu a liberdade por meio de um Habeas Corpus, após cumprir dez anos de reclusão em regime fechado. Segundo informações do Tribunal de Justiça, Donato “constrangeu três meninos a praticarem atos libidinosos, mediante grave ameaça". Ainda de acordo com o processo, o acusado formou uma espécie de centro comunitário no Maranhão e usava a suposta função de guia espiritual para ter domínio sobre os frequentadores do local. O acusado foi preso em Petrópolis pela Polícia Civil, e retirado de dentro da sala de aula de uma universidade da cidade. Ele cursa o 9º período de direito.


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