• Polícia ainda não tem pista sobre falso médico

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  • 12/08/2016 17:45

    O delegado da 105ª Delegacia de Polícia, Alexandre Ziehe, afirmou que ainda não há novas pistas sobre o caso do falso médico, identificado por Marcos Brandão, que estava “atuando” no Hospital Municipal Doutor Nelson de Sá Earp (HMNSE) tentando pegar dinheiro de pacientes e seus familiares. Apesar disso, as investigações continuam e ele aguarda o recebimento de dados que podem ajudar a solucionar o caso. Ao menos três petropolitanos receberam ligações do acusado, pedindo depósitos de R$ 1.500 para comprar medicamentos, caso contrário os internados podiam vir a óbito. 

    Desconfiadas, as vítimas ligaram para o hospital, que negou a existência de qualquer atividade desse tipo. O suposto médico disse na ligação telefônica todos os dados dos internados: nome, idade, endereço, diagnóstico e detalhes do caso – o que deixou os familiares ainda mais perplexos, deixando a desconfiança de que alguém de dentro do hospital estaria envolvido, fornecendo as informações. A Secretaria de Saúde informou que adota medidas para preservar os pacientes e os familiares, entre elas a proibição do fornecimento de informações, por telefone, dos nomes de pacientes e outros dados pessoais. 

    Neste caso específico, os familiares, após procurarem a direção da unidade, foram orientados a dar queixa na polícia. A secretaria ressaltou também, que nenhuma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde cobra pelos atendimentos ou para compra de insumos. E, que abrirá sindicância para verificar se houve vazamento de informações. Segundo o delegado, esse tipo de ação não é incomum e cada vez mais os criminosos se mostram “criativos” para criar maneiras de tirar dinheiro de suas vítimas. 

    “Também é comum que bandidos liguem para pessoas que estão transitando com ações na Justiça se passando por funcionários de cartórios solicitando o pagamento de custas, por exemplo. Outro caso típico é quando tentam se passar por funcionários de planos de saúde e pedem que determina quantia seja depositada em uma conta, afirmando que posterioridade o dinheiro será devolvido. O importante é que as pessoas fiquem atentas. Todos esses golpes têm algo em comum: as contas de banco e os telefones são de outros estados como, por exemplo, Acre, Mato Grosso e Manaus. Isso dificulta as investigações”, alertou o delegado. 

    Outro ponto ressaltado por Alexandre Ziehe é que esses bandidos não se comunicam pessoalmente e pedem que os depósitos sejam feitos em casas lotéricas. “Esses criminosos ou já estão presos, ou estão longe de suas vítimas, por isso nunca sugerem ou aceitam um encontro presencial. Nunca confiem nos números que aparecem na bina do telefone. Eles usam telefones fixos de outros estados para tentar se camuflar. O ideal é que as pessoas não façam depósitos desse tipo, muito menos sem consultar uma segunda opinião ou um policial”, disse. 


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