• Petropolitanos dão exemplo no Rock in Rio em campanha de estímulo à doação de medula

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  • 22/09/2017 11:00

    Em clima de rock’n’roll, o projeto social petropolitano Pró- Medula, grupo que busca doadores compatíveis para pacientes que precisam de transplante de medula óssea, montou um estande na cidade do rock por uma boa causa. A ideia é atualizar o cadastro de doadores já existentes, e, claro, conscientizar os participantes do festival sobre a importância da iniciativa que salva vidas. Para marcar ainda mais o momento especial, no dia 16 de setembro foi comemorado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, e o grupo celebrou a data ao som da banda Maroon Five.

    A celebração foi criada pela World Marrow Donor Association (Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea, em tradução livre). A WMDA reúne cerca de 30 milhões de cadastros, trabalhando em cooperação com os bancos de registro em diversos países – o do Brasil é o terceiro maior do mundo. No estande do Pró- Medula, doadores já registrados no REDOME poderão atualizar seu cadastro. Já os outros milhares de fãs vão encontrar orientações sobre procedimentos e locais para se cadastrarem também, além de conhecer um pouco mais sobre a doação de medula óssea. 

    A intenção é desmistificar o procedimento do transplante, falando ao maior número de pessoas possível, e nada melhor que fazer isso na Rock in Rio. Isso porque muitas pessoas se assustam com a possibilidade de doar medula óssea e por medo, sequer procuram saber mais sobre como é feito o processo. Isso dificulta muito as chances de um paciente encontrar em doador compatível.

    “No mundo, a cada três minutos uma pessoa é diagnosticada com uma enfermidade do sangue. Mais de 70 enfermidades apresentam indicação para transplante de medula óssea e 70% dos pacientes não encontram um doador na família, por isso necessitam da solidariedade de um amigo ou desconhecido”, ressaltou a médica Gabriela Mesquita. Pró-Medula – O Pró-Medula é um grupo de voluntários unidos em torno de uma causa: promover o encontro entre pacientes na fila de espera por doação de medula óssea e doadores compatíveis. Atuando há cinco anos, o projeto contribuiu significativamente para o crescimento do número de cadastrados do REDOME – o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Órgão do Governo Federal.

    O trabalho começou quando a idealizadora do projeto, a médica Gabriela Mesquita, foi abordada numa praça por um menino que tinha leucemia. “Estava em uma praça em Teresópolis, no ano de 2009. Um menino chamado Nathan estava com uma máscara hospitalar e me abordou, pedindo, muito alegre, se eu poderia fazer um cadastro para ver se eu era compatível com ele. Eu não entendi, não conhecia o assunto, e pedi para ele me explicar melhor e resolvi me cadastrar. Não éramos compatíveis, mas eu comecei a falar dele com as pessoas, tentar conseguir um doador”, disse.

    A médica conta que foi inspirada por ele e começou a falar sobre doação de medula óssea na faculdade. Apesar de ser aluna do 2º ano da faculdade de Medicina, poucos colegas conheciam o tema. Aos poucos, Gabriela foi conscientizando as pessoas a sua volta e conseguindo doadores e voluntários. Assim, o que começou como um pequeno gesto entre universitários tomou grandes proporções. 

    Hoje, as ações do projeto vão desde oficinas educativas em empresas públicas e privadas, instituições de ensino e religiosas, até apoio aos pacientes e suas famílias. Um trabalho feito com a ajuda de voluntários de quase todos os estados do país. O grupo também organiza caravanas para doações de sangue e plaquetas, visitas a pacientes oncológicos e cadastro para doação de medula óssea. O projeto procura contribuir para o trabalho que é feito por órgãos e instituições especializados no Brasil e no mundo. 



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