• Petropolitanos criticam votação da Câmara contra investigação de Paulo Igor e Dudu

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  • 14/06/2018 16:55

    Petropolitanos insatisfeitos com a política e mesmo não acompanhando o que acontece na Câmara Municipal, mostram-se indignados com a decisão tomada pelos vereadores, na semana passada, quando dez parlamentares votaram pelo arquivamento das denúncias que pediam a cassação dos vereadores Paulo Igor e Luiz Eduardo (Dudu). “Foi uma decisão ridícula. Deveriam abrir o processo para apurar o que eles fizeram”, afirmou o aposentado Fernando Machado Mota, 62 anos. 

    O vereador Paulo Igor está preso em Bangu e o vereador Dudu se encontra foragido desde o dia 12 de abril. Os dois, com empresários e ex-funcionários da Câmara, são acusados de fraude em licitação e peculato. A defesa de Paulo Igor vai entrar com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

    O aposentado Nelson Wayand, 70 anos, disse que está desanimado com a política e que há muito tempo não acompanha nada. “A política está muito ruim, falta atitude nos políticos e por isso não acompanho mais” afirmou ele, fazendo questão de ressaltou que faz muito tempo que não se senti entusiasmado para acompanhar. Ele não é o único, outras pessoas procurada pelo jornal fizeram a mesma afirmação e muitos afirmam que podem deixar de votar.

    Maria da Conceição, 72 anos, disse que na última eleição para prefeito votou porque foi estimulada pelo filho, mais que agora não quer saber mais de política. “Vou aproveitar que não tenho obrigação de votar e não farei mais. Está tudo uma sujeira. O que ocorreu na Câmara foi um absurdo. Fico pensando se fosse um trabalhador que estivesse foragido, com certeza seria demitido por justa causa, mas com os políticos nada acontece”, comentou. 

    Fernando Mota pensa da mesma maneira e lembrou o caso do Paulo Muluf, que levou mais de 30 anos para ele ser preso, mesmo com todas as denúncias e provas contra ele. Na opinião dele, existe um problema na Justiça que são os vários recursos que permitem a um político se manter livre, mesmo quando há provas contra ele. “Se um trabalhador é pego roubando alguma coisa, seja por câmera, foto ou outra forma, ele vai preso, mas os políticos conseguem ficar livres. É um absurdo pagar salário a um foragido”, afirmou, referindo-se ao vereador Dudu, que está foragido desde o dia 12 de abril e continua recebendo salário. 

    Para Elizabeth Souza, a pergunta é: como uma pessoa, como Dudu, consegue ficar foragida em Petrópolis? Na sua opinião, a Câmara deveria ter aberto o processo, pois tem que ser investigado. Guaraci Reis disse que não acompanha a política, “mas o que aconteceu na Câmara foi um tapa na cara da gente. O pior é eles continuarem como se nada tivesse ocorrido”. 

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