• Petrópolis tem queda no número de inscrições para o Enem

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  • 30/10/2018 19:00

    Ao longo dos anos, o Exame Nacional do Ensino Médio passou por  várias reformulações, ganhou importância e credibilidade, acumulou funções e tornou-se o segundo maior exame de acesso ao ensino superior do mundo, perdendo somente para o da China. Esse ano foram 5.513.712 inscritos no Brasil e 6.691 na cidade imperial, com queda de 27% nos últimos dois anos. Apesar da queda, a prova continua movendo os estudantes e dando esperança para quem deseja cursar uma faculdade por meio do ProUni, Fies ou Sisu.

    Veja também: Mais de 2 milhões de estudantes ainda não sabem onde farão o Enem

    Estudante da rede pública, Juan Pablo Paulino, 17 anos, tem estudado em busca do sonho de fazer graduação em Economia. “Sou muito interessado pelas questões políticas, e o que está acontecendo no Brasil me deu ainda mais incentivo. Percebi que economia é a chave de tudo e quero fazer para poder ajudar o meu país. Não penso em entrar no setor privado, mas sim, auxiliar como um servidor público ou um colaborador do governo”, conta o estudante.

    Juan foi um dos incentivadores para a criação de um pré vestibular voluntário no Ciep Cecília Meireiles, em Corrêas. O grupo se reúne em alguns dias da semana, e conta com auxílio de professores voluntários.

    Eduarda Tavares, e Gustavo Mellado, ambos com 18 anos de idade, aproveitam os diversos programas de aprendizagem do Colégio Pensi, para aperfeiçoar os conhecimentos já adquiridos durante todo o ano e focar também, em temas atuais que podem cair na redação.

    “Temos contato direto com o professor e isso nos ajuda muito. O ambiente da escola tem nos ajudado a estudar e não ficar com aquele clima pesado de estudos. Fico aqui durante o dia e nem vejo a hora passar. Tem dia que ficamos bem cansados realmente, mas os professores nos incentivam. Acredito que será uma boa prova”, disse a estudante. Eduarda busca boa classificação para buscar uma oportunidade de cursar medicina.

    Seu companheiro de estudos, Gustavo Mellado, também destacou que um bom ambiente de estudos facilita essa maratona necessária para se dar bem no ENEM. “A escola tem um sistema bem aberto e facilitador. Os professores nos auxiliam e isso tem sido fundamental. Tenho me preparado e estou confiante” relata o estudante.

    Maria Elisa Badia, diretora do Colégio Pensi Petrópolis, disse que a escola trabalha o Enem desde o primeiro ano do Ensino Médio e que na reta final, os estudantes contam com apoio redobrado dos profissionais da rede. “A prova é uma das principais portas de entrada no ensino superior, inclusive em faculdades do exterior por isso trabalhamos para que os alunos tenham uma boa estrutura para estudos, programas e contando também com os melhores professores da rede” salienta.

    Além dos programas de estudo, o colégio também vai oferecer uma base de recepção nos locais em que seus alunos realizarão a prova. O objetivo é dar suporte, orientar e garantir conforto emocional aos estudantes.

    Queda no número de inscrições

    As inscrições confirmadas no Enem 2018 teve seu menor número dos últimos sete anos: 5.513.662. Em Petrópolis o número de inscritos também vem caindo. Em 2016 foram 9.173 na cidade, em 2017 7.349. Em 2018 o número de pessoas confirmadas é 27% menor em comparação aos dois últimos anos, com 6.691 mil.

    Sobre a queda no número de inscrições a Especialista do Cebrac, Fernanda Ortega,  diz que a nova geração quer tudo mais rapidamente e é muito mais imediatista do que a geração anterior. “Desta forma, fazer uma faculdade já não é tão atraente quanto era há alguns anos. Temos visto que nossos alunos buscam cursos profissionalizantes por serem feitos em menos tempo e permitirem um ingresso bem mais rápido no mercado de trabalho, além de ser bem mais específico que uma graduação. O ENEM acaba não sendo tão vantajoso neste cenário”, disse.

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