• Petrópolis faz esforço para eliminar a hanseníase. Ainda há 4 casos por ano

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  • 21/08/2017 10:00

    O número de casos novos diagnosticados com hanseníase, popularmente conhecida como lepra, por ano no Brasil caiu. Em 2006 foram registrados 43.652, enquanto em 2015 foram 28.761. De acordo com o Ministério da Saúde a redução corresponde à queda de 39,7% da taxa de detecção geral do país, que passou de 23,37/100 mil habitantes em 2006 para 14,07/100 mil habitantes em 2015. Em Petrópolis a doença é considerada controlada com apenas quatro novos casos registrados por ano. Apesar disso, apenas neste semestre duas pessoas apresentaram a doença em Petrópolis.

    Diante disso, a Secretaria de Saúde traçou estratégias de controle a hanseníase. Equipes de Atenção Básica têm sido mobilizadas para promover o diagnóstico precoce e ampliar a notificação de casos de hanseníase no município. A doença está sob controle em Petrópolis há mais de 30 anos registrando. E, os dois homens diagnosticados este semestre com a doença já estão em tratamento na Coordenação de Epidemiologia.

    A Hanseníase é uma doença contagiosa transmitida por um micróbio (bacilo Hansen), que afeta principalmente a pele e os nervos da face, dos braços, das mãos, das pernas e dos pés. A maioria da população – 90% – tem uma proteção natural contra a doença que é contraída através do convívio próximo e prolongado com pessoas contaminadas. Tanto adultos quanto crianças podem ter a doença, porém, se observou a incidência de casos em homens a acima dos 50 anos.

    Segundo o coordenador do Programa de Controle de Hanseníase, o dermatologista Attílio Valentini, é importante que as pessoas fiquem atentas aos sintomas, e procurem um médico especialista logo que notarem algum tipo de alteração na pele, como: manchas, caroços, nódulos sem sensibilidade. “Se a pessoa tiver até cinco lesões de pele, o tratamento levará seis meses. Mas se forem mais de cinco lesões, o tratamento levará um ano. Vinte e oito comprimidos deverão ser tomados todos os dias sem pausas. A cada início de uma nova cartela, o paciente deve retornar ao médico”, explicou.

    Outro ponto destacado pelo dermatologista são os cuidados que os familiares de uma pessoa diagnosticada com hanseníase devem tomar. “Mesmo que o familiar não apresente sintomas, ele deve ficar atento nos próximos cinco anos se não aparece alguma alteração na pele, devido ao período de incubação, afirmou. A hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A redução de novos casos da doença no país é resultado das ações implantadas com foco na busca do diagnóstico na fase inicial, tratamento oportuno e cura, bem como a prevenção de incapacidades e deformidades físicas, principal causa do estigma e preconceito que marcaram a doença.

    Para manter a ajudar a manter a doença sob controle, a Câmara Municipal de Petrópolis, votará nos próximos dias, um Projeto de Lei, que instituí no âmbito do Município, o “Dia Municipal de Conscientização, Mobilização e Combate a Hanseníase”, a ser realizado todo último domingo do mês de janeiro, em alusão ao Dia Mundial de Combate a Hanseníase. 



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