• Petrobras demite funcionários com prisão decretada na Lava Jato

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  • 06/12/2018 09:46

    A Petrobras divulgou na noite dessa quarta-feira (5) que demitiu por justa causa os funcionários "contra quem existem fortes evidências de envolvimento em irregularidades apuradas no âmbito da 57ª Fase da Operação Lava Jato". Batizada de Sem Limites, a etapa da operação deflagrada ontem contava com dois mandados de prisão contra funcionários que continuavam atuando na companhia.

    Em Petrópolis, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do ex-assessor da Controladoria Geral de prefeitura de Petrópolis, Deni França Moura, exonerado do cargo poucas horas depois, segundo nota divulgada pelo governo municipal, eE também um mandado de busca e apreensão e outro de prisão preventiva contra o empresário Paulo César Pereira Berkowitz, preso em um condomínio na Rua Dr. Nelson de Sá Earp, no Centro.

    Leia também: Prefeitura exonera assessor suspeito de ter integrado esquema de propina na Petrobras entre 2009 e 2014

    Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, funcionários da estatal receberam propina para alterar valores na compra e venda de petróleo e derivados com empresas estrangeiras. Os suspeitos também teriam realizado negócios irregulares de locação de tanques de armazenagens e, com alterações de centavos na negociação de cada barril, o esquema envolvia milhões de dólares devido à grande quantidade de combustível movimentada diariamente.

    Foram decretados ao todo 11 mandados de prisão preventiva. Um dos funcionários que continuava na companhia atuava em Houston, nos Estados Unidos, em uma das representações da Petrobras no Exterior. Foi emitido um alerta para Interpol contra ele. O outro suspeito trabalhava em uma das sedes da empresa no Rio de Janeiro, mas não foi preso porque está hospitalizado.

    As negociações no exterior eram com grandes empresas chamadas do setor, entre elas a Vitol, a Glencore e a Trafigura. Segundo a Petrobras, será feita uma "nova avaliação para revisão do Grau de Risco de Integridade (GRI) das empresas implicadas e, onde se fizer necessário, e de acordo com seu processo de Due Diligence de Integridade, reclassificá-las".

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