• Pesquisa sobre o ambiente de negócios revela que 72% dos empresários da Região Serrana estão incertos sobre a retomada da economia pós pandemia

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  • 19/08/2020 15:45

    Pesquisa realizada pela People and Business Solutions (PBS Brasil), a pedido da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (ACIANF), em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis (ACIAT), a Associação Comercial Industrial e Turística de Cabo Frio (ACIA), a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista de Nova Friburgo e Teresópolis (Sincomércio), mostrou que os empresários enfrentaram desafios como a paralisação das atividades, contenção de gastos, novos protocolos de trabalho, obtenção de linhas de crédito para equilíbrio das finanças, entre outros. Para Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio Petrópolis, na cidade o setor vem se recuperando gradativamente.

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    “O varejo da cidade tem tido uma resposta mais rápida. Já os polos de moda ainda estão com patamares baixos em função das barreiras sanitárias que inibem a vinda de compradores de outros municípios. Houve a flexibilização, o que ajudou, mas ainda registramos vendas abaixo do normal para o período”, complementa Marcelo.

    O estudo coletou informações de 185 empresas de Petrópolis, Nova Friburgo, Teresópolis e Cabo Frio através da plataforma Google Forms que disponibilizou um formulário com um total de 17 perguntas que ficou disponível para respostas do dia 16 de junho de 2020 até o dia 28 de julho de 2020. O objetivo era identificar o atual cenário do setor de bens e serviços.

    A PBS Brasil destacou, como pontos principais levantados pela pesquisa:

    – Grande impacto da pandemia sobre as atividades e a geração de caixa das empresas, onde 46% das empresas necessitaram paralisar suas atividades por mais de 30 dias e mais de 70% tiveram uma redução de 25% ou mais de suas receitas.

    – O cenário obrigou as empresas a tomarem medidas de contenção de gastos como programas de corte de custos (61%), suspensão de programas de inovação (39%), e redução do quadro de colaboradores (38%), sendo os mais frequentes entre as diversas medidas.

    – Embora a MP 936 tenha sido utilizada pela grande maioria dos empresários (63%), o acesso às linhas de crédito com condições razoáveis (taxas e carências) se mostra viável para uma parcela ainda pequena das empresas, com apenas 12% dos participantes na pesquisa tendo obtido êxito em condições diferenciadas à do período pré-crise e se confirmam como as demandas mais relevantes do empresário para o governo, somadas com a redução e simplificação da carga tributária e encargos trabalhistas.

    – 88% das empresas não consideram viável ou consideram viável apenas parcialmente o trabalho remoto em home-office, enquanto 64% acreditam que seus clientes alterarão definitivamente seu padrão de consumo.

    – Em relação ao retorno das atividades, 69% ainda não enxergam um prazo para o estabelecimento da normalidade de suas operações, mas 45% consideram que será necessário acima de 1 ano para o retorno ao momento pré-Covid19.

    – Todo esse quadro resulta num ambiente de enorme incerteza para 72% dos participantes, mas pode-se observar ainda um número significativo de otimistas (19%) com a retomada econômica.

    A pesquisa será realizada periodicamente para dar visibilidade a situação da cadeia de valor das regiões. Todos os empresários da Região Serrana estão convidados a responder aos questionários e, assim contribuir para resultados mais assertivos. Apenas um CNPJ pode responder e os links para participação são disponibilizados pelas associações.

    “É importante que os empresários se mobilizem para responder. Quanto mais respostas, mais clara ficará nossa situação diante da crise. Esses estudos norteiam nossas ações futuras, para que possamos elaborar estratégias para reverter o cenário de crise”, conclui Marcelo Fiorini.

    Acesse a pesquisa completan aqui.  

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