• Personal fala sobre a corrida mais longa do calendário oficial da cidade e dá dicas

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  • 16/02/2020 12:47

    Luiz Carlos de Moraes é um experiente Personal Trainer há 50 anos. Moraes, diz na entrevista que a corrida Petrópolis-Itaipava é atrativa não só pela planimetria, mas também  por já ter atraído grandes nomes do atletismo brasileiro. “Todo corredor, especialmente os de elite, desejam ter em suas carreiras tempos fantásticos em provas longas. A Petrópolis-Itaipava proporciona isso”, completa.

    Tribuna: Uma das mais tradicionais corrida de rua de Petrópolis, a Petrópolis – Itaipava está confirmada para maio. O que você e os atletas petropolitanos esperam dessa prova?

    Moraes: “A expectativa é muito boa principalmente porque está sendo organizada mais uma vez por um grupo liderado por Artur de Freitas que conhece e gosta muito da corrida. A maioria dos atletas gosta dessa prova não só pelo desafio da distância 15,7 km, mas por conta da planimetria, boa parte em descida, são os 15 km mais rápidos do Brasil”.

    Tribuna: Por conta da planimetria pode-se dizer que é uma corrida fácil?

    Moraes: “Não. Ela é justamente muito técnica. O percurso pode ser dividido em três terços, sendo o primeiro no plano, o segundo em descida e o terceiro novamente no plano. A corrida em descida induz, aos desavisados, a aumentar o ritmo além dos seus limites fisiológicos e sobrecarregar os músculos posteriores da coxa. Se a corrida terminasse na ponte branca seria ótimo a tática de “dar tudo” morro abaixo. Acontece que os quase 8 km finais se tornam uma eternidade quando o corredor já está com os músculos das pernas cansados e doloridos em conseqüência do forte ritmo empregado na descida. Já vimos muitos corredores “quebrarem” entre os km 7 e 10”.

    Tribuna: No passado grandes nomes do atletismo participaram dessa prova. Esse é mais uma atrativo que faz dela tão famosa?

    Moraes: “Também pode ser. Celebridades como Ronaldo da Costa (ex-recordista mundial da maratona), Luiz Antônio dos Santos (Medalha de bronze no Mundial de Atletismo em Gotemburgo), Geovane dos Santos e o próprio Artur de Freitas que entre os anos 80 e 90 em 12 anos de carreira obteve 115 vitórias sendo uma delas a Maratona de Veneza com o tempo de 2h10m06s, na época 10° melhor tempo no ranking mundial. Todo corredor, especialmente os de elite, desejam ter em suas carreiras tempos fantásticos em provas longas. A Petrópolis – Itaipava proporciona isso”.

    Tribuna: Pelas características dessa corrida os atletas precisam também fazer treinos específicos?

    Moraes: “Sim. Toda competição exige isso inclusive aclimatação. Se uma prova é feita de manhã tem-se que treinar de manhã. Se é noturna tem-se que treinar à noite de preferência sempre no percurso e no horário que será realizada a corrida”

    Tribuna: Isso passa também pela alimentação?

    Moraes: “Sem dúvida nenhuma. A base da alimentação de corredores fundista são os carboidratos. Hoje sabe-se que não basta a ingestão de carboidrato pura e simplesmente e sim saber do índice glicêmico. Em tese os de baixo índice glicêmico significa que o organismo vai metabolizando lentamente sem provocar um pico de insulina no organismo o que pode provocar um desconforto intestinal e por isso são adequados para serem ingeridos antes e durante os treinos e corridas longas. O ideal mesmo é sempre ser orientado por nutricionista e ter um treinador habilitado pelo respectivo Conselho. No caso respectivamente CFN (Conselho Federal de Nutricionistas) e CONFEF (Conselho Federal de Educação Física)”.

     

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