Patrimônio Municipal: Prefeitura se torna responsável por pista do Parque São Vicente
A pista de voo livre do Quitandinha passa a ser controlada pelas associações que representam a prática esportiva na cidade. A partir da Lei 7.892, sancionada pela prefeitura em 28 de novembro, o local passa a ser reconhecido como Rampa Municipal de Voo Livre Parque São Vicente. A partir do ato, o local passa a ser administrado associações Petrópolis Voo Clube (PVC) e a Associação de Parapente de Petrópolis (APP), que adquiriram a concessão gratuita por serem as únicas representantes da atividade no município. Nos próximos dez anos, a pista será gerida pelas entidades que pretendem garantir a manutenção e segurança do local.
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Para o presidente da associação Petrópolis Voo Clube (PVC), Cláudio Leal, a regulamentação vai permitir maior controle no espaço. Uma das medidas será providenciar a recuperação e melhorias para pista, que já abriga campeonatos de voo livre do estado e do município. Os eventos no local já chegaram a abrigar 40 asas-deltas e já atraíram mais de mil pessoas. Fora os dias de evento, o local é ponto de visitação para moradores da cidade e turistas, que também têm o pôr do sol como um dos atrativos no local. A pista possui 930 metros de altitude e 857 metros de desnível. A partir da regulamentação, o espaço passará a ter acesso restrito, com hora de abertura e fechamento. “Vamos organizar a visitação no local, para garantir a preservação do espaço e maior segurança”, pontua Cláudio, frisando que a rampa continuará tendo livre acesso, e não haverá cobranças de taxas para a visitação.
Há cerca de três anos as associações ligadas à atividade de voo livre da cidade buscam a regulamentação do espaço de forma que pudessem garantir melhorias para o local. “Aguardávamos a desapropriação do terreno para que pudéssemos atuar de forma regular”, pontua Cláudio, lembrando que a pista do Parque São Vicente é a primeira rampa do município e uma das primeiras de voo livre do Brasil, desde que a prática esportiva chegou no país na década de 1970. “Eu fiz o primeiro voo nesta pista. Esse é um local que precisa de maior cuidado, principalmente para que seja preservado”, destaca Cláudio.
Em nota, a comunicação da prefeitura informou que além dos representantes da prática esportiva, está prevista a participação da associação de moradores daquela região. Pela lei, cada associação poderá estabelecer sua sede no local. Além disso, estarão responsáveis por construir sanitários e ofertar equipamentos para atender ao público. Também serão responsáveis pela habilitação dos voadores e implementação de medidas de segurança e de fiscalização. Em nota, a prefeitura esclareceu ainda que o terreno foi desapropriado de maneira indireta, já que há mais de 40 anos o local é usado pelos moradores da cidade como área de lazer. A medida visa é conservar o patrimônio histórico, cultural, esportivo e artístico representado pela área de lazer do parque.