• Padre participa de reunião com membros da Comissão da Verdade

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  • 28/01/2016 10:15

    Os membros da ComissãoMunicipal da Verdade (CMV)de Petrópolis receberam ontema visita do Padre José OscarBeozzo, do interior de SãoPaulo. Ele foi convidado peloCentro Alceu Amoroso Lima(CAAL), por ter participadodo grupo de pesquisa das Igrejas,da Comissão Nacional daVerdade (CNV). O padre contouum pouco da experiênciaque viveu durante o período doRegime Militar (1964-1985)e deu algumas dicas sobre aatuação do grupo de trabalhoentre os anos de 2012 e 2014.Durante a conversa, queaconteceu na sala Multiuso doPalácio Itaboraí, no Valparaíso, o padre mencionou fatosimportantes da história, comoa participação da Editora Vozes,localizada em Petrópolis,na época dirigida pelo FreiLudovico Gomes de Castro,e contando com a participação de Rose Marie Muraro,que coordenava a classe dosuniversitários. Segundo Jose,a editora foi responsável poracolher diversos políticosperseguidos durante o regime.O padre citou ainda casosde membros das Igrejas Católicas, Luterana e Evangélicaem todo o país que foramperseguidos e torturados pormilitares. Na época, membrosdas Igrejas atuavam de formaa denunciar pessoas ligadasao Partido Comunista. Josécontou que já morava em Linse, em 1971, foi orientado a sairda região, pois os militares jáestavam com a 12ª ordem deprisão contra ele. O padre,que também dirigia um jornalchamado “O Bandeirante”, foipara a Bélgica, mas retornouao Brasil um ano depois.Sobre o trabalho com aCNV, disse que foram encontradasdificuldades durantea pesquisa com relação àdisposição de documentos.“O objetivo da ComissãoNacional era tornar público oque aconteceu naquela época.Então, todas as audiênciasforam abertas e gravadas”.José deu algumas dicas paraa Comissão Municipal, relembrandoalguns detalhesimportantes sobre o que aconteceuna conjuntura nacional,falando, inclusive, de fatoscomo os atestados médicosque fraudavam a verdadeiracausa da morte de alguns dosperseguidos políticos.Regulamentada em dezembrodo ano passado pelogoverno municipal, a CMVtem um prazo de dois anospara concluir a pesquisa sobreos fatos ocorridos emPetrópolis durante o regime.Atualmente, o grupo coordenadopelo professor EduardoStotz aguarda a aprovaçãodo Regimento Interno, que jáfoi protocolado no gabineteda prefeitura. A Comissãoé composta ainda por JoãoFabre dos Reis, a teólogaMaria Helena Arrochellas, ahistoriadora Rafane Paixãoe o cientista social RobertoSchiffler Neto.. 

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