• Pacientes do HAC terão cardápio especial para festas de fim de ano

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  • 17/12/2018 13:00

    Após oito meses com restrição alimentar por conta de complicações renais, o aposentado, que mora no bairro Sargento Boening, Odilson Lopes Lima, 70 anos, sonha com uma comida especial no Natal. “Sinto falta da comida de casa, para o Natal queria comer uma dobradinha”, conta o paciente que desde abril está internado no Hospital Alcides Carneiro (HAC), alternando sua permanência ora no quarto ora no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). A dobradinha pode ser algo difícil, mas um cardápio especial ele terá para não deixar a data passar em branco.

    A equipe de nutricionistas do HAC programa incrementar o cardápio dos pacientes internados, especialmente os 24 de longa duração, que não poderão passar as datas festivas com a família. Para fazer a permanência no hospital mais agradável nesse período, algumas receitas serão adaptadas para se aproximarem com as preparadas para as ceias. Os pratos diferenciados serão oferecidos para os pacientes conforme a possibilidade de cada um. 

    Assim, será oferecido o Arroz Natalino, o Frango à Califórnia e para a sobremesa os pacientes vão ter uma salada de fruta e pudim com calda, entre outros. Os acompanhantes e os funcionários também vão ter cardápio diferenciado no refeitório, onde a tradicional rabanada faz sucesso nessa época. 

    O trabalho da equipe de nutricionista busca minimizar a percepção de que a alimentação no hospital não pode ser prazerosa. E essa iniciativa tem sido implantada na rotina da unidade, principalmente para os pacientes de longa duração. Respeitando as restrições alimentares, são inseridos alimentos desejados pelos pacientes. O intuito é contribuir para a autoestima e uma estadia mais agradável. “Estar longe de casa já é uma dificuldade, buscamos oferecer agrados para que eles se sintam melhores no tempo que estão aqui”, conta a coordenadora da nutrição, Ruana Machado.  

    Esse cuidado tem tornado o dia a dia do paciente Odilson mais agradável. Apesar das restrições, muitos elementos conseguem ser inseridos no cardápio, conforme a vontade dele. Os cuidados começam logo no café da manhã. “Eu gosto de dois pãezinhos e de muitas frutas. A comida aqui é muito boa”, conta. O paciente Cleber Silva da Cruz, de 32 anos, que mora no São Sebastião, está entrando no segundo mês de internação depois de passar por cirurgia para retirada de um tumor no estômago. Com a ingestão de alimentos, sólidos e líquidos, restrita as nutricionistas ajudam a diminuir a saudade de alguns aromas. “Como ele não pode ingerir nenhum tipo alimente por via oral, oferecemos sucos de fruta para que ele umedeça os lábios”, conta Ruana.

    A adaptação a essa fase foi difícil e Cleber destaca como esse cuidado tem sido importante para a sua recuperação. Ele lembra do primeiro suco que recebeu. “Eu amo manga e o primeiro suco que recebi para aliviar a sensação de secura da minha boca, era de manga”, conta o paciente, que gora conta nos dedos os dias para voltar para casa, tendo a liberação de se alimentar normalmente. “Acho que ainda vou passar o Natal aqui, mas o Ano Novo, se Deus quiser, vou estar em casa”, frisa. 


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