• Pacientes denunciam falta de psiquiatras para atendimento no Ambulatório de Saúde Mental

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  • 31/05/2019 08:27

    A falta de psiquiatras no Ambulatório de Saúde Mental, localizado na Rua Dom Pedro, está deixando pacientes apreensivos. Sem atendimento profissional, eles não conseguem receita para comprar os medicamentos, de uso controlado, que fazem parte do tratamento. 

    As irmãs Andréa e Márcia de Lima foram consultadas em março e quando tentaram agendar uma nova consulta, esta semana, foram informadas que o atendimento estava suspenso há um mês. A justificativa seria a aposentadoria da psiquiatra.

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    “Eu vim para a minha consulta, precisando comprar meu medicamento e, quando cheguei, me disseram que não tinha nenhum médico para me atender”, contou a pensionista Andréa, de 46 anos, que toma remédio para controle de depressão crônica e insônia, além disso ela tem diabetes, hipertensão e fibromialgia.

    As pacientes contam que os problemas no ambulatório começaram há três meses: “quando sai da consulta o rapaz do balcão marcou o dia da próxima consulta errado, e quando eu vi e fui pedir para trocar eles disseram que não aguardar até essa semana para ser atendida e agora não tem mais psiquiatra”, contou ela que faz tratamento com Venlafaxina, remédio que precisa de receita médica para ser comprado.

    Outro paciente da unidade, Ricardo Muss relata a mesma dificuldade. “A falta de medicamento coloca a nossa vida em risco. Precisamos de uma solução com urgência”, reclama.

    Em e-mail enviado a um dos pacientes, a Secretaria de Saúde reconhece que dos três profissionais que atendiam a adultos no local, uma se aposentou, outra está de licença maternidade. A profissional que faz atendimento infanto juvenil está de férias e entrará de licença maternidade.

    Falta de medicamento

    A falta de medicamentos no Centro de Saúde também vem prejudicando os pacientes. Há dois meses, o vigilante Ricardo Campos, de 45 anos, vai ao local em busca do medicamento Venlafaxina e não consegue.

    Uma caixa do remédio custa R$ 35 e Ricardo que está desempregado há dois anos não consegue comprar. “Eu tomo dois comprimidos por dia, quando colocamos na ponta do lápis, os R$ 70 que preciso para comprar as caixas do remédio fazem uma grande diferença”, conta ele que só não está há mais tempo sem o medicamento porque alguns amigos o ajudam.

    Os comprimidos de Venlafaxina, usados por Ricardo e por Andréa, ajudam na prevenção de recaídas e recorrência da depressão, ansiedade e transtorno do pânico.

    Em nota, a Prefeitura informou que está tomando as providencias para a reposição de quadro de profissionais para o atendimento na unidade. Com relação aos medicamentos, o último abastecimento feito para as unidades foi no dia 16 de maio. Os medicamentos em falta serão adquiridos por meio de processo licitatório que está em fase de conclusão. A previsão é de que em 15 dias os estoques comecem a ser reabastecidos.

    Além do Centro de Saúde, os usuários da rede podem recorrer às unidades de saúde do município nos bairros e ao Polo de Assistência Farmacêutica Integrada, que conta com unidades na Rua Epitácio Pessoa, 62 – Centro e Rua Vigário Correa, 1345 – Corrêas.

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