• Pacientes continuam sem atendimento médico no Ambulatório de Saúde Mental

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  • 19/06/2019 17:51

    O Ambulatório de Saúde Mental, localizado na Rua D. Pedro I, continua com carência de profissionais psiquiatras para o atendimento de pacientes. Sem o atendimento, eles não conseguem receita para comprar os medicamentos de uso controlado que fazem parte do tratamento.

    O problema já havia sido alvo de denúncia no mês passado. Na ocasião, a prefeitura havia informado que estudava medidas para a reposição no quadro de profissionais da unidade, já que, dos três psiquiatras lotados na unidade, um estava de licença, um se aposentou e outro estava de férias e entraria de licença.

    Ricardo Muss, aposentado de 55 anos, é um dos pacientes da unidade que está com dificuldades para conseguir atendimento devido à falta de psiquiatra. “Os pacientes continuam sem consultas de psiquiatria e ficam abandonamos sob imenso risco de morte. Isto é genocídio e o que as autoridades estão fazendo é omissão, porque dinheiro para festas tem, mas para a saúde pública, não”, reclama.

    A pensionista Andréa Lima, de 46 anos, é outra paciente da unidade. Ela fazia o acompanhamento mensalmente, mas há quase quatro não consegue atendimento profissional e nem a receita médica para o remédio Venlafaxina. “Eu liguei para a divisão de Saúde Mental na segunda-feira e me informaram que ainda não tinham conseguido um psiquiatra para o Ambulatório, e iam tentar uma receita para mim, mas ainda não tive retorno”, contou.

    Falta de medicamento

    A falta de medicamento no Centro de Saúde também prejudica os pacientes. No dia 28 de maio, a assessoria da prefeitura informou que os medicamentos em falta seriam adquiridos num prazo de 15 dias, mas até o momento o estoque não foi restabelecido.

    O vigilante Ricardo Campos, de 45 anos, é um dos pacientes que precisam do medicamento distribuído pelo Centro de Saúde. Porém, ele não consegue as duas caixas de Venlafaxina necessárias para o seu tratamento mensal.

    “Toda semana eu ligo para lá para saber se o meu medicamento chegou e sempre falam que já fizeram o pedido. Eu tenho que tomar dois comprimidos por dia, consigo com amigos uma cartela ou outra. Tenho tomado um comprimido dia sim, dia não e tendo crise por causa disso”, conta.

    Ricardo Campos também é paciente do Ambulatório da Rua D. Pedro e está há três meses sem atendimento,“Os médicos estão todos indo embora ou pedindo licença. Eu ia ter uma consulta há uns 15 dias e falaram que o médico estava de licença, não consigo nem pegar a receita”.

    Em nota a prefeitura informou que a secretaria de Saúde vai realizar processo de seleção para a contratação de mais três profissionais para o preenchimento do quadro de funcionários da unidade.

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