• Outro estupro coletivo

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  • 06/07/2016 13:52

    Tão grave e condenável quanto o estupro de qualquer mulher, é o violento estupro coletivo incestuoso levado a efeito contra a Mãe Pátria, que vem sendo  praticado, há décadas, pelos políticos e demais cidadãos encobertos pela capa da “honestidade”, que mereceriam uma penalidade mais pesada – quiçá, pena capital e confisco de todos seus bens materiais pois, corrupto parece que brota do chão, como erva daninha que atrapalha a vida de qualquer planta mais saudável – tudo que produz é danoso. Portanto, todos os bens adquiridos são calcados na corrupção, de agora e de antes, sempre com tais agravantes.

    A desfaçatez de tais elementos é contagiosa no meio em que convivem, egocentricamente, por tanta       arrogância e soberba que, alguns, de ventas para cima julgam-se os donos da verdade quando acolhem, em seu íntimo, toda a podridão moral que um ser humano é capaz de comportar, escorados em leis esdrúxulas de foro privilegiado. Alguém já disse que “para um cidadão honesto não há necessidade de leis mas, em contrapartida, para o desonesto, de nada valem as leis”.

    Assim é o Brasil, chafurdado nesse mar de lama podre e fétida, nada se salvando apesar e diante da justiça complacente quando é mancomunada e protetora, portanto, tão corrupta quanto toda desfaçatez de quem se esconde atrás dela. E o exemplo da ala petista do STF que manda soltar o “angelical” corrupto protegido por sua mulher de nariz arrebitado – não sei porque, quando a olho, lembro-me sempre de Nelson Rodrigues. 

    Até quando teremos que ficar inseguros, esperando um novo escândalo sem limite já que, para tais elementos insaciáveis, de nada se diferenciam do assaltante de rua que ataca idosos quando retiram sua mísera aposentadoria no caixa do banco, insensível à truculência que pratica, ou quando assalta pessoas de bem e totalmente indefesas. Enquanto estes agem para sustentar suas mazelas bestiais, aqueles é para sustentar suas vaidades incontroláveis para sempre ostentar mais que os outros. Gente que, hipocritamente, apela para “Deus e justiça”, indiferentemente, expondo-se publicamente, de cara lavada, diante da imprensa e do povo. De um lado saqueiam as empresas do país, do outro desviam – desumanamente – verbas da saúde e da merenda escolar, direitos indiscutíveis de cada cidadão. E agora, subtraem pequenos valores dos infelizes aposentados em seus empréstimos consignados que, no montante, transformam-se em milhões de reais.

    Assim, se desvenda mais uma falcatrua gigantesca (como se desvenda uma nova a cada instante) encetadas desde os últimos governos com seus ministros embrulhados no mesmo pacote pegajoso. E por terem proteção do “inquestionável” STF, quando mal sabe interpretar as leis com o necessário recurso do “bom senso” para proteger, pelo menos, o país. Portanto, no Brasil, a justiça serve para defender bandido e deixar o cidadão comum desprotegido, à mercê das intempéries da violência do dia-a-dia. 

    É o país que apodrece vertiginosamente diante da proliferação de tantos ratos pestilentos (ou seriam vermes peçonhentos?) que não abandonam o navio, nem mesmo no momento em que está afundando, com cada um querendo roer, num último estertor, mais um pouco da nossa dignidade e da nossa sobrevivência, tamanha a ganância que possuem. E pensar que o “poste”, repleto de gatos, apesar de caído, ainda tem a pretensão de se reerguer para nossa eterna desgraça. jrobertogullino@gmail.com



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