• Osteoporose: 9 em cada 10 brasileiras não consome cálcio suficiente

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  • 08/09/2016 14:05

    No Brasil, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose. Cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência dessas fraturas. Estima-se que atualmente 10 milhões de brasileiros sofrem com a doença. O público que mais sofre com o problema são as mulheres na pós-menopausa e idosos, mas pessoas com outros biotipos também podem ser afetadas. Nove em cada 10 mulheres brasileiras não consomem a quantidade adequada de cálcio para manter uma boa saúde dos ossos. Uma a cada três com mais de 50 anos têm a doença e 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura. Esse é apenas um dos números que comprovam que a osteoporose é um problema grave de saúde pública. 

    Um em cada cinco homens tem osteoporose, que é uma doença osteometabólica que se caracteriza por baixa massa óssea, com deterioração da microarquitetura e aumento da fragilidade dos ossos, o que leva ao aumento do risco de fraturas. Nos EUA, estima-se que 10 milhões de americanos apresentem osteoporose e 33,6 milhões tenham osteopenia em quadril. No Brasil, as prevalências reatadas variam bastante, dependendo da população e do método utilizado para avaliação, mas, ainda assim, estima-se que até 73% da população tenha osteoporose e 58% osteopenia, quando a massa óssea é de 10% a 25% menor que a considerada normal. Trinta e três por cento das pessoas que desenvolvem osteopenia são mulheres com mais de 55 anos.

    A doença é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas na maioria dos casos, até que uma fratura por fragilidade ocorra. Ela pode acometer adultos jovens e até crianças, apesar de ser menos frequente, sendo necessária uma investigação minuciosa nesses casos. Os ossos mais afetados nas fraturas são: fêmur, coluna vertebral, ombros e punhos. Aproximadamente 1,6 milhão de fraturas de quadril ocorrem no mundo a cada ano. No Brasil, acredita-se que até 2050 esse número de fraturas possa atingir entre 4,5 a 6,3 milhões. “Para as mulheres acima dos 50 anos, a recomendação para a ingestão de cálcio é de 1.000mg por dia. A alimentação adequada é muito importante, pois os ossos necessitam do cálcio, magnésio, zinco, selênio e outros nutrientes presentes nos alimentos. Vários estudos mostraram que a absorção do cálcio alimentar é muito maior do que do suplemento de cálcio, portanto, consumir alimentos ricos em cálcio é importante na prevenção da osteoporose. A vitamina D também é outro fator muito importante, pois sua deficiência aumenta a perda de massa óssea”, aconselhou a endocrinologista Cristiane Couto. 

    Quase 50% dos pacientes com fratura de quadril não serão mais capazes de andar sem auxílio e 25% desses precisarão de cuidados por longo período, possivelmente acamados. Além da menopausa e deficiência de vitamina D, há outras causas de osteoporose, como hiperparatireoidismo, síndromes disabsortivas, hipertireoidismo, insuficiência renal, hipercortisolismo, diabetes e uso de hormônios sem acompanhamento médico. Portanto, é muito importante a avaliação médica, o tratamento adequado e a elucidação da causa da doença, já que algumas delas são reversíveis. “Exames anuais de densitometria óssea devem ser solicitados pelo médico para que seja feito um controle, assim como exames hormonais e, na maioria das vezes, reposição de vitamina D, que nesses pacientes deve ser mais elevada do que na população geral”, concluiu. 

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