• Osteopatia ajuda o corpo a buscar sua cura

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  • 23/09/2019 12:08

    Muitas coisas mudam no corpo da mulher durante o período da gestação. Esse processo pode ser de difícil adaptação e, em alguns casos, até mesmo doloroso. Pensando nas dores físicas, é possível amenizar o desconforto com a osteopatia, uma medicina alternativa que se baseia na teoria de que o corpo tem desenvoltura para criar seus próprios medicamentos.

    A osteopatia é um segmento da fisioterapia, porém um método menos invasivo, capaz de diagnosticar o problema que está incomodando o paciente. O profissional foca não apenas em tratar diretamente o problema isoladamente, mas entender os fatores que o causaram.

    “A osteopatia não é uma técnica, a osteopatia é uma filosofia, onde, de acordo com as queixas e sintomas que o paciente apresenta, vamos buscando no corpo as áreas que podem estar funcionando mal, com dificuldades de movimento e circulação e nessas áreas atuamos para favorecer uma autocura”, explica o especialista, Bruno Mussel.

    Inchaço nas pernas, dores nas costas e alterações no funcionamento dos sistemas digestivo e urinário são alguns dos contratempos físicos comuns durante a gravidez, assim como a alteração na postura que podem trazer dores na coluna, quadril e joelho. O tratamento osteopático é recomendado inclusive, para as futuras mamães que não podem receber algum tipo de medicação,

    “Com esse reajuste de postura, da articulação, músculo, ligamento, parte neurológica, arterial, elas podem recorrer a osteopatia para reduzir o quadro de dor sem utilizar aparelhos ou medicação”, explica o osteopata, Henrique Fernandes Júnior.

    A osteopatia pode atuar no processo pós-parto e também durante o processo gestacional já que a alteração do volume do abdome, o aumento do tamanho do útero, o peso que fraciona a coluna gerando alterações que podem ser trabalhadas para aliviar as dores lombares, dormências e alterações circulatórias. Para as puérperas, os procedimentos podem ser adotados para melhorar a mobilidade da pélvis e do útero devido ao processo de movimentação durante a gestação e o nascimento do bebê. 

    “No caso de uma cesariana, uma cicatriz altera essa mobilidade, porque a cicatriz se dá pelo corte de várias camadas de tecido, e essas camadas precisam de um deslizamento para que as coisas funcionem bem, com a cicatriz esse deslizamento se perde, e na maioria dos casos gera uma repercussão em todo o sistema musculoesquelético”, afirma Bruno.

    Utilizando técnicas de mobilização e manipulação, a osteopatia ajuda o corpo a se curar sozinho e é indicado para o tratamento de dor de uma forma geral, a osteopatia é um sistema de avaliação e tratamento onde busca na queixa do paciente o que pode estar provocando aquilo ali, independente da idade.

    Henrique explica que muitas pessoas acham que a osteopatia tem que ter o “estalo”, mas essa técnica nem sempre é necessária para o tratamento. “A osteopatia é um sistema de tratamento, e nem sempre é necessário utilizar as técnicas de manipulação direta, que fazem o estalo”, explica o especialista.

    Para os bebês, problemas como cólica, refluxo, irritabilidade, alterações do sono e problemas respiratórios, que na maior parte das vezes são consequências de um refluxo oculto, podem ser tratados com a osteopatia.

    Com resultados rápidos, que levam entre duas a três sessões para serem notados, as melhoras afetam toda a família. “Até a assimetria do formato da cabeça do bebê podem ser tratados”, conta Mussel.

    As gestantes podem buscar atendimento de osteopatia a partir do primeiro trimestre. Não existem contraindicações e não oferece risco para o bebê. “A recomendação é para pacientes que sintam dor, a base é buscar a causa da dor, porque nem sempre onde está a dor está o problema. Uma dor lombar por exemplo, pode ser uma alteração no intestino, no rim e até mesmo no útero ou ovário”, explica, Fernandes.

    A osteopatia pode atuar em qualquer tipo de problema, como quadro de labirintite, dor de cabeça, enxaquecas, dormências, hernias de discos, inflamações no nervo ciático, e até escoliose. “Na fisioterapia comum, o foco é tratar a escoliose, mas dentro da visão osteopática, que é uma visão do corpo como um todo, a escoliose pode ser simplesmente uma adaptação a uma alteração, por exemplo, por ter uma perna mais curta que a outra, porque você precisa fazer um desvio lateral para manter o teu centro de gravidade alinhado, ou por ter uma torção na pélvis, corrigindo essa torção a escoliose some na hora”, conta Bruno.

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