• Os três bancos petropolitanos que não sobreviveram

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  • 09/03/2020 14:47

    A nossa cidade serrana, foi premiada no início do século passado, com a instalação das matrizes de três bancos comerciais. Foram eles o Banco Construtor do Brasil S.A., a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Petrópolis e o Banco Fluminense da Produção S.A. Todos eles com suas sedes instaladas na nossa rua principal.

    O Banco Construtor do Brasil, criado no início século passado, além dos serviços de conta corrente e empréstimos bancários, administrava a iluminação em toda a cidade de Petrópolis. A CBEE, Companhia Brasileira de Energia Elétrica, além da empresa responsável pela distribuição de energia elétrica e também se encarregava, desde 1910, pela administração dos serviços dos bondes que atendiam todo o município. Aquela instituição financeira não conseguiu sobreviver à transição política dos anos 30. Seu principal dirigente era o empresário Franklin Sampaio, cujo último vestígio que encontramos na cidade é o seu envelhecido casarão, onde ele residia, existente na Praça da Liberdade, ao lado da conhecida Vila Itararé, na esquina da Avenida Koeler.

    Atravessando para o outro lado da Rua do Imperador, vamos nos encontrar bem em frente com o prédio número 940, onde até bem pouco tempo funcionava a principal e a mais antiga agência do Bando Brasil na cidade. No ano de 1928 foi ali inaugurada a matriz do Banco de Petrópolis. O prédio em estilo eclético, foi construído pelo seu presidente, o empresário Ozório de Magalhães Salles, também principal proprietário e diretor do então famoso magazine “Petrópolis Crédito Móvel”. Na sua atual esquina existia uma logomarca com as letra BP que foram depois modificadas para BB. Ali existia anteriormente o então famoso Hotel Bragança, demolido para a abertura da Rua Alencar Lima. No fundo da dita cuja, foi construído o Edifício Centenário, em comemoração ao aniversário da cidade. O que acabou provocando a criação da atual Rua 16.

    O mais recente dos três, foi o Banco Fluminense da Produção S.A. fundado em junho de 1941, presidido pelo industrial Augusto Martinez Toja. Foi considerada a maior rede bancária de todo o Estado do Rio de Janeiro, com agências em várias cidades . Financiou diversos empreendimentos como os serviços de água e esgoto e em 1943, com um empréstimo de cem mil réis, financiou a instalação da primeira empresa de ônibus ligando Cabo Frio à Niterói. A falência daquele banco, foi decretada em dezembro de 1950, com sérios prejuízos aos seus credores e cerca de 37 mil depositantes. Sua sede ficava no então Edifício Mauá, um prédio de cinco andares, hoje ocupado por uma agência da Caixa Econômica Federal. Todos os três aqui nasceram e aqui morreram.

     

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