• Os marginais das elites

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  • 27/06/2017 12:05

    Quer dizer – o presidente Temer muda o ministro da Justiça para se proteger e se beneficiar – e a população tem que se contentar com medidas fantasiosas e paliativas com aumento do contingente policial? Só pode ser piada de mau gosto de um governo incompetente com seus políticos demagogos que nada mais fazem além de protegerem-se de medidas mais eficazes para não colocarem o pescoço na guilhotina. Aliás, é o que falta no Brasil – uma Mme. Guilhotina como na Revolução Francesa.

    Afinal, bandido que assalta com arma é assassino em potencial e, como já reza o velho refrão, “bandido bom é bandido morto”. Todo policial que espreitasse alguém armado em comunidades ou em assaltos, a lei deveria permitir fuzila-lo de imediato sem perguntar o nome. Bandidos com inúmeras passagens pela polícia, bandidos com celular nos presídios comandando ataques aos mais variados transportes de valores, portanto, uma infinidade de bandidos perigosos protegidos pela eterna Comissão de Direitos Humanos que só protege bandidos e nem liga para o sacrificado povo que só serve para estatística dos órgãos de pesquisas – igualzinho aos traficantes de drogas são esses políticos traficantes de verbas.

    Assim, já se trama um golpe digno de uma quadrilha marginal, como comentou Alberto Bombig, no “Estadão” de 27.05: “Estão em curso em Brasília as tratativas de um acordão que visa a utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para anistiar parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público Federal (…). Pelo arranjo dos senadores, Eunício Oliveria seria vice, mas de um outro candidato, alguém com coragem suficiente para enfrentar a opinião pública e frear os procuradores e o juiz federal Sérgio Moro. Para o grupo do Senado Federal, apenas dois nomes entre os colocados até agora como pré-candidatos têm peso e tamanho para a missão: Nelson Jobim e Gilmar Mendes. Só para lembrar: no Senado, são investigados, entre outros, o próprio Eunício, Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann e Aécio Neves (…). Para facilitar a renúncia de Temer, o acordo garantiria a ele um indulto (a imunidade penal a ser dada pelo futuro presidente) e a votação da PEC que manteria o foro privilegiado a ex-presidentes, evitando que o caso dele chegue até Moro. Essa PEC também livraria Lula das garras do juiz federal, parte que mais interessa ao PT”.

    É a “tropa de elite dos quadrilheiros da política” confabulando para se salvarem, exatamente como fazem os traficantes e assaltantes de grande investida. Assim, bandido é bandido, independente do cargo e da roupa que veste – todos são bandidos, portanto… 

    jrobertogullino@gmail.com 


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