• Ônibus da empresa Progresso é apreendido na Posse

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  • 20/03/2020 19:29

    Um ônibus da empresa Progresso, que fazia a linha Três Rios, Areal e São José, e que passa pela Posse, foi apreendido por homens da Guarda Civil que fazem a vigilância das entradas da cidade. O coletivo estava fazendo a chamada “fração”, embarcando e desembarcando passageiros no território de Petrópolis, o que está deliberadamente proibido de acordo com o decreto 1.095/2020, de autoria do prefeito Bernardo Rossi, que proíbe a circulação de ônibus intermunicipais pelo município por 15 dias devido a pandemia do coronavírus.

    Os guardas municipais deram voz de prisão ao motorista e todos foram encaminhados para a 106ª DP em Itaipava. Vale ressaltar que a medida também descumpre portaria 1580/2020 do Detro, que estipula a proibição da circulação de veículos nas modalidades regular, fretamento e complementar.

    De acordo com o Procurador Geral do município, Sebastião Medici, “a medida é para, além de proteger os petropolitanos, criar uma barreira sanitária para as cidades de Três Rios, Areal e São José do Vale do Rio Preto, que ainda não apresentaram indícios dessa doença”, aponta.

    Operação também na Serra Velha

    Pela manhã, a Guarda Civil impediu quatro ônibus da Trel de subir para Petrópolis na manhã desta sexta-feira (20). O primeiro coletivo tentou chegar na cidade por volta das 6h25, mas teve que retornar para Magé. Na quinta (19), o prefeito Bernardo Rossi esteve no local e reforçou a orientação para as equipes da prefeitura que impeçam o acesso dos veículos de transporte coletivo.

    O Poder Executivo também entrou com pedido de liminar e conseguiu que as empresas Trel, Única e Progresso tenham que cumprir em sua totalidade o decreto municipal 1.095/2020, que determina a interrupção das atividades das mesmas por 15 dias. As empresas estão terminantemente proibidas de circular pelo período da quarentena. Caso haja desobediência da ordem judicial, a multa estipulada é de R$ 10 mil para cada ação, como venda de bilhete, embarque e desembarque de passageiros, entre outras.

    O Procon também notificou a empresa Trel por infringir uma determinação do poder público e a empresa Única será autuada, com prazo para recorrer de até 10 dias. “Ninguém está contente ou satisfeito com todas essas medidas que estamos tomando, mas é necessário que os empresários entendam a importância coletiva do decreto. São medidas duras, mas neste momento, precisamos proteger a população e salvar vidas. Estamos com uma força tarefa de fiscalização neste sentido”, disse o prefeito Bernardo Rossi.

    Também nesta sexta, o prefeito Bernardo Rossi se reuniu com representantes da Guarda, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da CPTrans e do Detro, entre outros órgãos, e pediu apoio para intensificar a fiscalização para fazer todas as empresas de ônibus cumprirem os decretos que impedem a circulação de linhas intermunicipais e interestaduais. Depois disso, ele acompanhou ações de fiscalização nos pórticos de Bingen e Quitandinha.

    “Vamos permanecer com nossas equipes fiscalizando o Meio da Serra. A determinação do prefeito Bernardo Rossi é cumprir o decreto municipal, que impede a chegada dos coletivos por 15 dias”, afirmou o superintendente da Guarda Civil, Jeferson Calomeni.

    Desde a última terça-feira (17), um decreto estadual já determinava a proibição da circulação de linhas intermunicipais entre a Região Metropolitana (na qual Petrópolis foi considerada) e os demais municípios, e que também suspendeu por 15 dias a entrada de linhas interestaduais de coletivos com origem em estados que já tenham casos confirmados de coronavírus ou que tenham decretado situação de emergência.

    Pela determinação municipal – que começou a valer ontem (19) – ônibus que chegam de cidades da Região Metropolitana do estado com casos de coronavírus, com suspeita ou que tenham declarado situação de emergência – incluindo o Rio de Janeiro – não podem entrar na cidade por 15 dias. Além disso, também está valendo no município a proibição da entrada de veículos de turismo.

    Leia também: Com queda de 50% no número de passageiros, sindicato das empresas de ônibus cita preocupação com empregos

     

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