• ONGs pressionam candidatos a adotar sustentabilidade

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  • 20/09/2020 14:48

    Entidades ligadas à causa ambiental organizaram manifestos púbicos para estimular candidatos às prefeituras e câmaras municipais a se engajarem em ações que visam a preservação ambiental e a promoção da qualidade de vida. A ideia é fazer com que os próximos prefeitos e vereadores, independente da tendência ideológica, tomem posse no ano que vem comprometidos com diretrizes ligadas à pauta verde.

    A Fundação SOS Mata Atlântica lançou, na semana passada, um manifesto destacando um conjunto de ações a serem assumidas por prefeitos e vereadores a partir do ano que vem, visando a restauração da floresta, a valorização dos parques e reservas e a garantia de água limpa. Sua implementação seria, segundo a fundação, via implementação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) – instrumento que pode ser elaborado pelas prefeituras e aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

    O diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse que ideia é estimular candidatos a firmar compromissos ambientais. “Diferente de Brasília, a eleição municipal permite você estar acompanhando porque as pessoas convivem mais de perto com quem foi eleito. Então essa fiscalização é muito mais palpável”, disse. “O tema ambiental não é mais papo de ambientalista. Hoje, sustentabilidade é uma demanda social e de mercado. Quando o cara entender que esgoto vai fazer que tenha 70% das pessoas doentes no hospital, vai compreender que é mais barato tratar o esgoto do que construir posto de saúde.”

    O Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Pólis) lançou uma carta-compromisso – com outras 43 instituições signatárias – a ser assinada por candidatos que disputarão as eleições municipais, visando a reciclagem de resíduos orgânicos na cidade de São Paulo. Elisabeth Grimberg, coordenadora de resíduos sólidos do instituto, afirma, que ao menos uma candidata à Prefeitura está interessada em assumir os compromissos.

    “Nós vamos tentar a aproximação com os coordenadores de programa de governo e comitês de campanha. Não interessa se é de direita, centro, esquerda. Agora é a oportunidade de qualificar o debate e as plataformas de governo”, disse.

    Elisabeth afirma que o trabalho desempenhado pela parte da sociedade civil na qual o instituto está inserido não é lobby, mas sim “advocacy”, uma vez que as organizações visam o interesse público, e não o lucro. 

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