• ONG Sal para Terra precisa de recursos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 21/08/2016 07:00

    A Organização Não Governamental (ONG) petropolitana Sal para Terra, que atende crianças e adolescentes em situação de risco social há 17 anos na cidade, corre o risco de fechar ou diminuir pela metade seu público, caso não consiga aumentar sua arrecadação. 

    Foi nessa ONG, mantida apenas por doações de pessoas físicas, que cresceu um dos carregadores da Tocha Olímpica em Petrópolis, o faixa preta no judô Leandro Félix. Desde os onze anos de idade sendo atendido pela ONG, foi lá que ele aprendeu o esporte. Em 2014, Leandro realizou seu grande sonho, tornou-se faixa preta no judô e atualmente é um dos voluntários na instituição, ministrando aulas de judô para as crianças e adolescentes, proporcionando a mesma oportunidade que teve e inspirando com seu exemplo e sua história de vida. Aliás, foi lá que ele conheceu a menina que veio a se tornar sua esposa e mãe de seus filhos, um casal, cuja menina é atualmente praticante de judô no Sal para Terra.

    A ONG está localizada na Rua Felipe Camarão, n° 435, no Retiro, em um espaço de 650m² composto por pátio recreativo, quadra poliesportiva, refeitório, cozinha, duas salas de aula, sala de música, laboratório de informática, sala de psicologia e arteterapia e um consultório dentário. Atende 100 crianças e adolescentes de 6 a 18 anos das comunidades do Alemão, do Neilor, do Vale dos Esquilos, da Chácara Flora, de São Luís e do Atílio Maroti. 

    A instituição oferece, além da alimentação (café da manhã, almoço e café da tarde), formação nas seguintes áreas: esporte (judô e futebol), cultura (espanhol, inglês, coral, violão, bateria e teatro), educação (reforço escolar, dinâmica em grupo, oficina de leitura), iniciação profissional (informática e manicure), formação de caráter (filmes de cunho moral e atividades recreativas) e saúde (atendimento psicológico e odontológico). Tudo gratuitamente.

    João Borges de Carvalho Neto, de 31 anos, que atua na ONG desde a fundação e hoje faz parte do corpo diretor, contou que a Sal para Terra não recebe nenhuma verba nem do governo, nem de empresas, apenas de pessoas físicas e que no último ano, com a crise, as arrecadações diminuíram. "Com isso, nós já estávamos com as contas bem justas, mas semana passada recebemos a informação de que o aluguel vai aumentar em mais de 50%. Dessa forma, caso não consigamos aumentar a arrecadação, o projeto terá que fechar. Ou pelo menos, dimunuir o número de crianças pela metade", disse.

    A ONG Sal para Terra funciona graças a pessoas que doam não apenas recursos financeiros, mas, também seus conhecimentos profissionais e pessoais e seu tempo para construir um mundo melhor para as crianças e adolescentes atendidos no projeto. A instituição hoje conta com o trabalho de 10 funcionários contratados e 10 voluntários. Ao longo dos 17 anos de trabalho na cidade, já atendeu cerca de 700 meninos e meninas. "O nosso sonho era expandir o projeto para outros bairros de Petrópolis, pois vemos a necessidade de um trabalho voltado para crianças e adolescentes no contra-turno da escola", disse João. 


    Últimas