• Obstáculos à passagem da água agravam inundações na cidade

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  • 10/12/2018 08:10

    Além da Rua Coronel Veiga, que sofre constantes transbordamentos, Corrêas também é afetada com as enchentes de verão. Tanto o Rio Quitandinha quanto o Rio Piabanha, que cortam os locais respectivamente, apresentam diversos obstáculos que provocam represamentos nos trechos, contribuindo para a elevação do nível das águas. 

    Na tarde da última sexta-feira (7), das 15 estações pluviométricas instaladas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em Petrópolis, apenas uma apresentava alerta máximo para transbordamentos: a da Rua Coronel Veiga. A invasão irregular das margens por construções, somada ao assoreamento, estruturas de pontes e rede de captação de esgoto ajudam a represar as águas que rapidamente se elevam. No trecho mais crítico, na altura do número 1.300, a água já atingiu dois metros acima do nível da rua. O lixo trazido pelas águas ficam presos nas pontes, e os detritos represam as águas, acelerando os transbordamentos. Algumas pontes, construídas de forma irregular, ficam a poucos centímetros do leito do rio.

    Apesar de não possuir nenhum projeto específico para a Coronel Veiga, o Inea vem trabalhando para conseguir, e que agora, está em fase de licitação, o projeto para o Rio Palatinato que inclui um túnel extravasor e que prevê recursos da ordem de R$ 4 milhões, da Caixa Econômica Federal, apenas para a elaboração do projeto executivo. A expectativa é que as melhorias no extravasor e a construção de uma nova galeria ajudem no desvio das águas do Palatinato, evitando o encontro com as águas do Rio Quitandinha e os transbordamentos no Centro, melhorando assim, o fluxo na Coronel Veiga. 

    Em Corrêas, os transbordamentos não são tão frequentes quanto na Coronel Veiga, no entanto, os prejuízos são semelhantes. O taxista José Ribeiro, que trabalha no ponto ao lado do posto da Polícia Militar, tem seu trabalho afetado diretamente pelo problema. Ele contou que, pelo menos há um ano, não há limpeza do rio. “Capinaram as margens, mas o lixo acumulado dentro do rio não foi retirado”, apontou. Na estrutura da ponte, além de bancos de areia, o lixo acumulado confirma as informações prestadas pelo taxista. 

    Por meio de sua Assessoria de Imprensa, a Prefeitura informou que busca, junto ao Governo Federal, verbas que permitam a realização de projetos de macrodrenagem dos rios de Petrópolis (Quitandinha, Palatinato e Piabanha).

    O município também faz a limpeza com a retirada de sedimentos por meio do programa Rio Limpo, que retirou mais de 100 toneladas de areia, mato, pedras e lixo do Rio Quitandinha, próximo à entrada da Comunidade do Gulf, em outubro. Em Corrêas, o trabalho também já foi realizado no início desse ano pelo Inea.




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