Obras paradas na Academia dos Bombeiros por causa da crise financeira do Estado

Estão paradas há aproximadamente uma semana as obras na Academia de Bombeiros Militares Dom Pedro II (ABM-DPII), localizada na rodovia BR-040, pista sentido Rio de Janeiro, no acesso à Fazenda Inglesa. A primeira fase da obra foi concluída neste mês, mas a segunda fase foi paralisada devido à contenção de despesas, reflexo da crise financeira que atinge o estado do Rio de Janeiro.

A instalação da unidade em Petrópolis foi anunciada em 2013, no lugar onde funcionava o antigo Centro de Treinamento dos Correios e Telégrafos, às margens da Rodovia BR-040. Na época, o espaço custou ao governo do Estado R$ 4,4 milhões. A previsão inicial de funcionamento era 2014. O local estava sendo revitalizado e, inclusive, os prédios já foram pintados, mas, segundo o tenente-coronel Sequeira, do 15º Grupamento de Bombeiros Militares, não há previsão para a data de instalação do local e a segunda fase da obra foi paralisada há aproximadamente uma semana.

“Não temos data para inauguração. As obras pararam há poucos dias por causa da crise financeira do Estado. A primeira fase que incluía a reforma dos alojamentos e refeitórios foi concluída nesse mês e a segunda fase, que prevê a estruturação do espaço para atividades físicas ainda não teve início”, disse.

O nome oficial – Dom Pedro II – representa uma homenagem ao imperador que foi o criador da corporação. Atualmente, os militares se formam na Escola de Oficiais, que fica na Zona Norte do Rio, e com a instalação da nova sede a previsão é de que todo o treinamento passe a ser feito em Petrópolis.

“Hoje, os cadetes passam por aulas em Guadalupe. A previsão é de que assim que começar a funcionar a academia possa atender todos os bombeiros do estado e de fora do estado também. Atualmente, são três turmas de cinquenta militares passando por treinamento em Guadalupe, ou seja, a academia em Petrópolis poderá atender 150 cadetes, fora o pessoal de apoio, quando tudo estiver devidamente funcionando”, contou o tenente-coronel Sequeira. 

O espaço conta com mais de 30 mil metros quadrados e estava sendo transformado num complexo para as aulas teóricas, preparação física para combates a incêndios e resgates, simuladores de fumaça e de outras situações de risco. O plano inicial previa a construção de 120 alojamentos. A escola será um estabelecimento de ensino superior do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Em nota, a Secretaria Estadual de Defesa Civil informou que a corporação aguarda o início da 2ª fase da licitação para prosseguir os trabalhos.