• Obra para construção de loja colaborativa em Itaipava é embargada

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 14/10/2020 09:42

    A inauguração do espaço de lojas colaborativas construído na Estrada União e Indústria, em frente ao Hortomercado Municipal, em Itaipava, não deve mais acontecer no fim do mês, como previam os responsáveis pelo projeto. A obra foi embargada pela Fiscalização de Obras Particulares após vistoria.. Segundo o secretário de obras, Ernane Dias, a execução da obra está em desacordo com o projeto licenciado pela secretaria, que previa apenas a construção de um galpão, sem as divisórias erguidas para separar os espaços. Segundo a Prefeitura, o responsável pela obra já havia sido notifcado na semana passada sobre a necessidade de retirar as estruturas que separavam o espaço em boxes, mas não cumpriu a determinação. Ele foi multado e a obra foi paralisada.  

    No local, dentro do galpão, estavao sendo instalados 180 boxes que funcionariam como lojas colaborativas. De acordo com o secretário, despacho da direção do departamento responsável pelo licenciamento já deixava clara a proibição de subdivisão do espaço. “A construção do galpão atende as regras de zoneamento da região, mas a subdivisão, não”, explicou Ernane. 

    O empresário Cristiano Bayão, responsável pelo empreendimento, disse à Tribuna que o projeto está recebendo os ajustes solicitados e garantiu que, nesta quarta-feira (14), será novamente apresentado à Secretaria de Obras. 

    O projeto foi anunciado há quase três anos, mas foram muitos os embargos e desembargos dos trabalhos. A previsão, após a autorização dos órgãos de licenciamento, era que fosse concluído até o fim deste mês. Segundo o empresário, o local reunirá quase 200 marcas de microempresários petropolitanos, com vestuário, artesanato, artes e uma praça de alimentação.

    Presidente de Sicomércio diz que empreendimento “é nocivo à região”

    Entre os empresários, o novo empreendimento é motivo de muita discussão. Muitos consideram o projeto uma concorrência desleal àqueles que mantém lojas. Além disso, há grande preocupação com o impacto da novidade no trânsito, já caótico, da região de Itaipava. Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis, Marcelo Fiorini se posicionou a favor do embargo da obra, Para ele, o empreendimento “é nocivo para a região”. “É nocivo para Petrópolis. É nocivo para Itaipava. Itaipava tem diversos locais com muitas lojas disponíveis. Não há nada que justifique a criação de uma feirinha naquela área, principalmente porque aquele já é um local de grande fluxo de veículos, que já tem um engarrafamento constante. Um emprendimento daquele porte vai impactar ainda mais na mobilidade urbana daquela região. Já temos um fluxo intenso. Vejo com maus olhos este tipo de empreendimento para a cidade. São microempreendedores individuais, que não geram mais empregos, não geram mais renda para a cidade. Além disso, principalmente, não existe legislação para este tipo de atividade no município. Este já é um modelo fora da lei. Esperamos que de fato não prospere”.   

    Últimas